'Mundo está surdo e não fala nada', diz palestino em Gaza
Jornalista relatou falta de itens básicos em meio a bombardeios
Crianças e mulheres mortas, carência de medicamentos, água e comida, bombardeios incessantes. Assim uma testemunha descreve a situação na Faixa de Gaza após Israel romper o cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro e lançar uma nova campanha de ataques aéreos contra o enclave palestino.
"Voltamos para a guerra, e a fome também retornou, mas o mundo está surdo e não fala nada", afirmou à ANSA o jornalista e ativista pela paz Mohammed Almajdalawi, de 47 anos e que buscou abrigo com a família no campo de refugiados de Deir al-Balah, no centro de Gaza.
"A situação é realmente muito dura. Os bombardeios prosseguiram desde a madrugada até pouco antes das 14h [horário local]. Há muitas mulheres e crianças mortas. Faltam remédios, água e comida", acrescentou.
Almajdalawi disse conhecer um homem que está entre as mais de 400 vítimas dos bombardeios desta terça-feira (18). "Ele fazia cinema para crianças junto comigo e morreu sob as bombas. Minha mãe, por causa de uma forte explosão, caiu da cama", contou.
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