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Na Assembleia Geral da ONU, Biden pede ao mundo que apoie a Ucrânia em meio a guerra

Presidente dos EUA foi aplaudido ao dizer que os Estados Unidos e os seus aliados apoiarão a luta da Ucrânia pela liberdade

19 set 2023 - 12h11
(atualizado às 12h23)
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Joe Biden discursa na ONU
Joe Biden discursa na ONU
Foto: Mike Segar

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo aos líderes mundiais na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, 19, para apoiarem a Ucrânia contra os invasores russos, esperando que os republicanos no Congresso também prestem atenção no recado.

"A Rússia acredita que o mundo vai ficar cansado e permitir que brutalize a Ucrânia sem consequências", disse Biden no seu discurso na ONU. "Se permitirmos que a Ucrânia seja dividida, a independência de qualquer nação estará segura?"

Biden foi aplaudido ao dizer que os Estados Unidos e os seus aliados apoiarão a luta da Ucrânia pela liberdade. "Só a Rússia é responsável por esta guerra", afirmou o presidente norte-americano. "Só a Rússia tem o poder de acabar com esta guerra imediatamente."

O discurso de Biden no encontro anual é o evento central de sua visita de três dias a Nova York, que incluirá reuniões com os chefes de cinco nações da Ásia Central e os líderes de Israel e do Brasil.

Biden, um democrata, fez da mobilização dos aliados dos EUA para apoiar a Ucrânia um componente importante da política externa dos EUA, argumentando que o mundo precisa enviar um sinal claro ao presidente russo, Vladimir Putin, de que ele não será capaz de superar o Ocidente.

Biden tem enfrentado críticas de alguns republicanos que querem que os Estados Unidos gastem menos dinheiro lá. O ex-presidente Donald Trump, principal candidato à indicação republicana na eleição presidencial de 2024, prometeu que buscará um fim rápido para a guerra se for eleito novamente.

Trump manifestou ceticismo sobre o envolvimento de Washington com os aliados tradicionais, incluindo a Otan, e elogiou Putin.

O presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, o principal republicano em Washington, questionou se os EUA deveriam continuar enviando bilhões em armamentos para a Ucrânia.

Em seu discurso, Biden argumentou que a invasão da Ucrânia e a ocupação do território pela Rússia em fevereiro de 2022 é uma violação da Carta da ONU, cujo princípio principal é o respeito à soberania e à integridade territorial.

Os comentários do presidente dos EUA ecoaram os do secretário-geral da ONU, António Guterres, que no seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira disse que a invasão da Rússia "desencadeou um nexo de horror".

Uma fonte do governo dos EUA disse que Biden e autoridades dos EUA também se concentrariam nas reuniões da ONU sobre mobilização de recursos para infraestrutura e desenvolvimento sustentável e no combate às mudanças climáticas.

Maiorias sólidas de norte-americanos apoiam o fornecimento de armamentos à Ucrânia para se defender da Rússia e acreditam que essa ajuda demonstra à China e a outros rivais dos EUA a vontade de proteger os interesses e os aliados dos EUA, de acordo com uma pesquisa da Reuters/Ipsos em junho.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, deve visitar Biden na Casa Branca na quinta-feira e também se reunir com alguns líderes do Congresso.

Na quarta-feira, Biden se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se juntará a ele em um evento com representantes do Brasil e dos Estados Unidos.

Também na quarta-feira, Biden terá sua primeira reunião cara a cara com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, desde que Netanyahu reassumiu o poder em dezembro passado.

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