Nações do G7 estão perto de acordo para combater incêndios na Amazônia
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse neste domingo que os líderes dos principais países industrializados do mundo estavam próximos de um acordo sobre como ajudar a combater os incêndios na floresta amazônica e tentar reparar a devastação.
"Existe uma convergência real a dizer: 'vamos todos concordar em ajudar os países atingidos por esses incêndios'", disse ele a repórteres em Biarritz, que está sediando a cúpula anual de líderes do G7.
Ele disse que os países do G7, incluindo Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá, estão finalizando um possível acordo sobre "ajuda técnica e financeira".
Macron colocou os incêndios na Amazônia no topo da agenda da cúpula, depois de declará-los uma emergência global, e iniciou discussões sobre o desastre em um jantar de boas-vindas para colegas líderes no sábado.
Uma autoridade da UE, que não quis ser identificada, disse que os líderes do G7 concordaram em fazer todo o possível para ajudar a combater os incêndios, dando a Macron um mandato para entrar em contato com todos os países da região amazônica para ver o que era necessário.
"Foi a parte mais fácil das negociações", disse a autoridade.
Um número recorde de incêndios está devastando a floresta tropical, muitos deles no Brasil, atraindo preocupação internacional devido à importância da Amazônia para o meio ambiente global.
Macron na semana passada acusou o governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro de não fazer o suficiente para proteger a área e de mentir sobre seus compromissos ambientais.
Macron disse no domingo que as potências mundiais precisam estar prontas para ajudar no reflorestamento, mas reconheceu que há opiniões diferentes sobre esse aspecto, sem entrar em detalhes.
"Existem várias sensibilidades que foram levantadas em torno da mesa, porque tudo isso também depende dos países amazônicos", disse ele, acrescentando que a maior floresta tropical do mundo é vital para o futuro do planeta.
"Enquanto respeitamos a soberania, precisamos ter um objetivo de reflorestamento e devemos ajudar cada país a se desenvolver economicamente", afirmou.