'Não merecia passar por isso', desabafa mãe de brasileira encontrada morta nos EUA
A família de Suzan Christian Barbosa pede ajuda para trazer o corpo da mineira de volta ao Brasil
"É uma dor que eu não sei explicar. Nós duas éramos como duas irmãs", assim desabafou Irene Maria Barbosa, mãe de Suzan Christian Barbosa, brasileira encontrada morta em uma rodovia em Michigan, nos Estados Unidos. A família, de Minas Gerais, pede ajuda para trazer o corpo da mineira ao Brasil.
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"Ela fazia muita coisa por mim. Quando eu estava doente, ela me levava pro médico. Era uma menina muito boa, coração muito bom, ajudava as pessoas, era muito querida", lamentou Irene em entrevista à TV Globo nesta segunda-feira, 8. Ela considerou injusta a forma como a filha morreu.
"Ela era muito guerreira, não merecia passar por isso", disse a mãe. Suzan, de 42 anos, morava em Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Ela deixou dois filhos, uma adolescente de 15 anos e uma criança de 5.
Agora, a família tenta trazer o corpo de Suzan de volta ao Brasil. Para arcar com os curtos, eles criaram uma campanha de arrecadação online e pretendem conseguir R$ 100 mil. Até as 20h desta segunda, eles tinham conseguido R$ 23.406,79.
Entenda o caso
De acordo com o portal americano M Live, o corpo de Suzan foi encontrado no último dia 30 por um casal de moradores, Deb Rondon e seu marido, que caminhavam pela rua de sua casa e sentiram um forte cheiro. Eles se aproximaram do local e viram o cadáver da mulher. Imediatamente, ligaram para a polícia.
Suzan estava nos Estados Unidos a negócios, e sua família não tinha notícias dela havia alguns dias. Segundo a rádio Itatiaia, a irmã dela, Roberta Natiara Barbosa Ferreira, informou que a vítima trabalha para ela e seu noivo em uma empresa de importação de produtos chineses.
“Nós estávamos querendo expandir para os Estados Unidos. Ela era a única que tinha o visto, por isso mandamos ela para lá”, explicou Roberta. O sumiço ocorreu após a brasileira parar de responder e receber mensagens por um dia, o que fez com que a família acionasse as autoridades locais.
O hotel em que a vítima estava hospedada informou que ela teria feito o checkout, saído da hospedagem e entrado sozinha em um carro. Para ela, a mineira havia saído do hotel para ir ao aeroporto e voltar para o Brasil.
“A polícia informou que não iria investigar porque como ela não era vulnerável, não tomava nenhum remédio e ela entrou no carro porque ela quis, ela poderia sumir se quisesse”, afirmou a irmã.
A investigação só começou após o consulado brasileiro, em Chicago, intervir na situação. “Após sofrermos sem notícias dela na quinta, sexta, sábado, domingo e segunda. Depois de cinco dias, o meu noivo encontrou uma reportagem na internet, porque ele já estava procurando na internet por pessoas desaparecidas na região, ele entrou em contato com o detetive que estava investigando o caso”, informou.
Eles entraram em contato com o investigador, que pediu que enviassem um raio-x da arcada dentária de Suzan para poder identificá-la. O resultado foi positivo.