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Necessidade de vacina para variantes da covid não está clara

"Desenvolvedores estão preparando novas vacinas para que, se precisarmos mesmo delas, as tenhamos disponíveis", disse pesquisador da Oxford

9 fev 2021 - 10h39
(atualizado às 10h53)
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Não está claro se o mundo precisa de novas vacinas para combater variantes diferentes do novo coronavírus, mas cientistas estão trabalhando nelas, por isso não existe motivo para alarme, disse o chefe do Grupo de Vacinas de Oxford nesta terça-feira (9).

Chefe do grupo de vacinas de Oxford, Andrew Pollard
23/11/2020
REUTERS/Henry Nicholls/Pool
Chefe do grupo de vacinas de Oxford, Andrew Pollard 23/11/2020 REUTERS/Henry Nicholls/Pool
Foto: Reuters

A África do Sul suspendeu a aplicação planejada de vacinas da AstraZeneca depois que dados mostraram que ela oferece uma proteção mínima contra infecções brandas causadas pela variante dominante no país em jovens, provocando temores de uma batalha muito mais longa contra o patógeno.

A AstraZeneca e a Universidade de Oxford almejam produzir uma nova geração de vacinas que protegerão contra novas variantes antes do inverno no hemisfério norte, que começa no fim de setembro, disse o chefe de pesquisas da AstraZeneca neste mês.

"Certamente há dúvidas sobre variantes que abordaremos. E uma delas é esta: precisamos de novas vacinas?", disse Andrew Pollard, pesquisador-chefe do teste de vacina de Oxford, à rádio BBC.

"Acho que ainda não está claro no momento, mas todos os desenvolvedores estão preparando novas vacinas para que, se precisarmos mesmo delas, as tenhamos disponíveis para poder proteger as pessoas".

As vacinas são vistas como o caminho mais rápido para sair da crise da Covid-19, que já matou 2,33 milhões de pessoas no mundo e virou do avesso a vida cotidiana de bilhões.

Pesquisadores da Universidade de Witwatersrand e da Universidade de Oxford disseram, em uma análise ainda não revista pela comunidade científica, que a vacina da AstraZeneca só proporcionou uma proteção mínima contra infecções amenas ou moderadas da variante sul-africana entre jovens.

Não foi possível analisar a proteção contra doenças de moderadas a graves, hospitalizações ou mortes no estudo com cerca de 2 mil voluntários com idade média de 31 anos porque a população-alvo corre risco muito baixo, disseram os pesquisadores.

"Acho que claramente existe um risco de confiança na maneira como as pessoas podem perceber, mas, como digo, não acho que existe nenhum motivo de alarme hoje", disse Pollard.

"A pergunta realmente importante é sobre doenças graves, e não estudamos isso na África do Sul, porque não era o objetivo do estudo, estávamos fazendo perguntas especificamente a respeito de jovens adultos".

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