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Negociações orçamentárias na França beiram colapso e ameaçam derrubar governo

29 jan 2025 - 10h00
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As negociações sobre o orçamento de 2025 da França estavam à beira do colapso nesta quarta-feira, um dia depois que as autoridades do Partido Socialista suspenderam sua participação em protesto aos comentários sobre imigração feitos pelo primeiro-ministro, François Bayrou, ameaçando a sobrevivência de seu governo.

Os comentários de Bayrou, que disse que muitos franceses se sentiam "submersos" pela imigração, destaca a complexidade da situação.

Suas declarações foram aplaudidas pelos parlamentares do partido de extrema-direita Reunião Nacional, o maior partido do Parlamento, mas fizeram com que os socialistas abandonassem as negociações, ameaçando a aprovação do orçamento e levantando novas dúvidas sobre a estabilidade do governo de Bayrou.

A saída dos socialistas ocorre em um momento crucial, com o projeto de lei orçamentária para 2025 entrando em sua fase final. Na quinta-feira, um painel de senadores e deputados deverá elaborar um texto final antes de ser apresentado ao plenário da câmara baixa do Parlamento na segunda-feira.

"Suspendemos nossas negociações porque as palavras do primeiro-ministro não foram dignas", disse Philippe Brun, um parlamentar socialista envolvido nas negociações, em uma entrevista à Sud Radio nesta quarta-feira.

Brun disse que os socialistas poderiam voltar à mesa se Bayrou retirar seus comentários sobre imigração.

A porta-voz do governo, Sophie Primas, disse que o primeiro-ministro não tem tais planos e que o orçamento não deve ser "tomado como refém" pela disputa. As negociações não estão mortas, disse ela, com Brun afirmando que espera que elas sejam retomadas.

A demora pela aprovação do orçamento para 2025 já abalou os investidores e minou a confiança das empresas e das famílias. O governo teve que fazer concessões de bilhões de euros para forjar um projeto de lei com chance de ser aprovado.

Sem uma maioria, o governo pode usar poderes constitucionais para contornar os parlamentares, o que provavelmente faria com que a oposição acionasse um voto de desconfiança.

O governo está contando com a abstenção dos socialistas para sobreviver a um possível voto de desconfiança, e já havia recuado em vários cortes de gastos para conquistá-los.

Bayrou foi nomeado primeiro-ministro em dezembro e está tentando evitar o destino de seu antecessor, Michel Barnier. Políticos de esquerda e direita se uniram para derrubar Barnier quando ele tentou aprovar um orçamento que, segundo eles, foi longe demais em uma tentativa de cortar gastos.

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