Negociadores se concentram em acordo para desarmar último campo de batalha da Síria
Negociadores estão se concentrando em um possível acordo para resolver uma das questões mais centrais que pairam sobre o futuro da Síria: o destino das forças curdas que os Estados Unidos consideram aliados importantes contra o Estado Islâmico, mas que a vizinha Turquia considera uma ameaça à segurança nacional.
Negociadores diplomáticos e militares dos Estados Unidos, da Turquia, da Síria e das Forças Democráticas Sírias (SDF), lideradas pelos curdos, estão demonstrando mais flexibilidade e paciência do que sugerem em declarações públicas, disseram à Reuters doze fontes, incluindo cinco diretamente envolvidas na intensa rede de discussões das últimas semanas.
Esse cenário pode preparar o terreno para um acordo nos próximos meses, no qual alguns combatentes curdos deixariam a agitada região nordeste da Síria e outros ficariam sob a autoridade do novo Ministério da Defesa, disseram seis das fontes.
Entretanto, muitas questões espinhosas ainda precisam ser resolvidas, disseram. Entre elas, como integrar os combatentes bem armados e treinados da aliança da SDF à estrutura de segurança da Síria e administrar o território sob seu controle, que inclui os principais campos de petróleo e trigo do país.
Em uma entrevista ao canal Asharq News, da Arábia Saudita, na última terça-feira, o comandante da SDF, Mazloum Abdi, disse que a "demanda básica" da aliança é por uma administração descentralizada - um desafio grande para a nova liderança da Síria, que quer colocar todo o país de volta sob a autoridade do governo depois de destituir Bashar al-Assad no mês passado.