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Níger diz que 29 soldados foram mortos em ataque e rejeita mediação da Argélia

3 out 2023 - 10h19
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Pelo menos 29 soldados do Níger foram mortos em uma emboscada de insurgentes perto da fronteira do país com o Mali, segundo o Ministério da Defesa do país, o ataque mais mortal desde que os militares tomaram o poder em um golpe de Estado em julho.

Separadamente, a junta do Níger negou que tenha aceitado uma oferta da Argélia para atuar como mediadora para resolver sua crise política, embora a Argélia tenha dito na segunda-feira que havia recebido uma notificação oficial de aceitação.

O Níger e seus vizinhos Mali e Burkina Faso, também comandados por governos militares que tomaram o poder em golpes, estão lutando contra militantes ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico, que mataram milhares e deslocaram mais de dois milhões de pessoas na região do Sahel. Eles assinaram um pacto de segurança no mês passado, prometendo defender uns aos outros contra rebeldes ou agressores.

O ataque no Níger ocorreu quando os soldados estavam retornando das operações contra os militantes. Eles foram alvos de mais de 100 indivíduos em veículos e motocicletas usando dispositivos explosivos e homens-bomba.

"O número provisório de vítimas do ataque é o seguinte: 29 soldados caíram em combate e dois ficaram feridos", disse o Ministério da Defesa em um comunicado divulgado pela televisão nacional do Níger, acrescentando que várias dezenas dos militantes foram mortos.

O país não especificou qual grupo foi responsável ou quando exatamente ocorreu a emboscada, mas disse que a operação militar ocorreu entre 26 de setembro e 2 de outubro.

Foram declarados três dias de luto nacional.

A onda de golpes de Estado no Mali, Burkina Faso e Níger desde 2020 foi parcialmente motivada por frustrações entre os militares e os cidadãos em relação à segurança. Mas a violência tem aumentado justamente enquanto as juntas estão expulsando as tropas estrangeiras que antes ajudavam a combater os militantes. As forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) também estão deixando esses países.

O bloco regional da África Ocidental e as potências ocidentais pediram ao Níger que restaure rapidamente o regime constitucional. Mas a junta está se arrastando no poder.

A junta disse em um comunicado na segunda-feira que ficou surpresa com a afirmação da Argélia de que o Níger havia concordado com o vizinho atuar como mediador e que rejeitava suas conclusões.

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