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Mundo

No Japão, Papa faz apelo contra solidão entre os jovens

Francisco disse que jovens correm o risco de virarem "zumbis"

25 nov 2019 - 12h43
(atualizado às 13h06)
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O papa Francisco aconselhou os jovens a não buscarem o "sucesso a qualquer custo" nem se isolarem dos amigos e da sociedade, ao discursar nesta segunda-feira (25), em Tóquio, no Japão.

No Japão, Papa faz apelo contra solidão entre os jovens
No Japão, Papa faz apelo contra solidão entre os jovens
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Em viagem oficial ao país, como parte de um giro pela Ásia, o líder católico abordou o fenômeno conhecido como "hikikomori", termo em japonês que reflete a situação de milhares de jovens com dificuldades de se relacionarem com o mundo exterior.

"Há jovens que não riem, não brincam, não conhecem o sentido da maravilha e da surpresa. Como zumbis, o coração deles parou de bater devido à incapacidade de celebrar a vida com os outros", disse Francisco, em um encontro com jovens na Catedral de Santa Maria, na capital japonesa.

Ressaltando que "muita competição leva à solidão, que é a maior das pobrezas", Francisco pediu que os jovens não "fiquem presos na busca do sucesso a qualquer custo".

"Na verdade, o egoísmo da felicidade individual apenas nos torna sutilmente infelizes e escravizados, além de dificultar o desenvolvimento de uma sociedade verdadeiramente harmoniosa e humana", comentou.

"Para crescer, descobrir a nossa identidade, bondade e beleza interior, não podemos nos olhar no espelho. Inventaram tantas coisas, mas, graças a Deus, ainda não existe selfie da alma", sugeriu o Papa. "Para ser feliz, devemos pedir ajuda aos outros", concluiu.

Ainda nesta segunda-feira, Francisco esteve no Palácio Imperial de Tóquio para se reunir com o imperador japonês Naruhito. O religioso contou ao imperador que chorou com a notícia das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, quando tinha 9 anos de idade.

Pela manhã, Francisco também se reuniu com sobreviventes e familiares das vítimas do terremoto de 9 graus que causou 18 mil mortes em março de 2011 e provocou um tsunami e um acidente na central nuclear de Fukushima.

"Queria relembrar o incidente nuclear de Fukushima e as suas consequências. Além de preocupações científicas ou médicas, há também o imenso trabalho para curar o tecido social. Até quando os laços sociais não estiverem restabelecidos nas comunidades locais e as pessoas não puderem viver uma vida segura e estável, o incidente de Fukushima não estará completamente resolvido", afirmou o Papa. No encontro, Francisco disse que é necessário tomar "decisões corajosas" sobre o "uso de recursos naturais" e as "futuras fontes de energia".

Ansa - Brasil
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