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Nova série abordará renúncia de Bento XVI e crise do Vatileaks

Produtora alemã se baseará em livro de jornalista italiano

22 dez 2020 - 10h26
(atualizado às 10h41)
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O escândalo de vazamento de dados e informações sigilosas da Igreja Católica em 2011, que ficou conhecido como Vatileaks, e a renúncia do papa Bento XVI serão o pano de fundo de uma nova série televisiva de seis episódios.

Papa Bento XVI renunciou em 2013 após escândalo do Vatileaks
Papa Bento XVI renunciou em 2013 após escândalo do Vatileaks
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Produzida pela produtora alemã Ufa Fiction, a série usará como base um dos livros do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, "Sua Santidade: As Cartas Secretas de Bento XVI", publicado em 2012 e alvo de investigação do próprio Vaticano.

O autor já escreveu diversas obras sobre a Santa Sé e, no caso desse livro, foi quem recebeu as cópias de cartas pessoais entre Joseph Ratzinger e o arcebispo italiano Carlo Maria Viganó, membro do governo da Cidade do Vaticano, dadas pelo então mordomo do Papa, Paolo Gabriele. Nas cartas, percebia-se a insatisfação e as constantes discussões entre o então Pontífice e seu secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone.

O escândalo é apontado como um dos principais motivos da renúncia de Ratzinger.

"A renúncia de Bento XVI, única pela maneira que ocorreu, é um dos acontecimentos cruciais na milenar história da Igreja. As perguntas que esse gesto suscitou são numerosas e nós queremos colocar luz sobre as circunstâncias que levaram a esse evento extraordinário. Estamos entusiasmados em dizer que Gianluigi Nuzzi, o qual investiga escândalos no Vaticano há mais de 20 anos, será o Head Consultant da série", destacou o diretor-geral e o produtor da Ufa, Markus Brunnemann.

Já o produtor da obra, Peter Weckert, disse que a "verdade deve vir à tona" e que junto a Nuzzi "nós entraremos nos círculos mais exclusivos e menos conhecidos da Santa Sé e da Cúria Romana". "Será uma grande história sobre os segredos que circundam a traição da qual o papa Bento XVI foi vítima", finaliza Weckert. .

Ansa - Brasil
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