Noventa e um tripulantes de cruzeiro atracado em Nagasaki estão com coronavírus
Até 91 tripulantes de um navio de cruzeiro italiano atracado na cidade portuária japonesa de Nagasaki estão infectados com coronavírus, disseram autoridades nesta sexta-feira, e as dúvidas sobre como poderão voltar aos seus países persistem.
As autoridades examinaram cerca de metade dos 623 tripulantes da embarcação e estão se apressando para examinar o restante. Aqueles que tiverem resultados negativos serão repatriados, disse o governo.
Em fevereiro, o navio Costa Atlantica foi levado a um estaleiro de Nagasaki para consertos e manutenção depois que a pandemia impediu que ele passasse por reparos programados na China.
No início deste ano, mais de 700 passageiros e tripulantes foram diagnosticados com o vírus no navio de cruzeiro Diamond Princess quando ele se encontrava ancorado em Yokohama.
As autoridades de Nagasaki colocaram o Costa Atlantica em quarentena quando a embarcação chegou ao Japão e ordenaram que seus tripulantes não fossem para além do cais, exceto para visitas ao hospital.
Mas nesta semana, autoridades do governo local disseram que alguns dos tripulantes partiram sem seu conhecimento e que buscaram informações detalhadas de seus movimentos.
Dois outros cruzeiros da mesma operadora, o Costa Serena e o Costa Neoromantica, com uma tripulação total de cerca de 1.100, também estão atracados em Nagasaki e programados para zarpar até o final de abril, mas não têm nenhum caso conhecido da doença e nenhum exame está planejado.
Só um dos 91 marinheiros infectados do Costa Atlantica foi hospitalizado. O resto, com pouco ou nenhum sintoma, permanece a bordo, monitorado por um médico e quatro enfermeiras, disse o funcionário de Nagasaki.
Os hospitais estão ficando sem leitos em algumas partes do Japão.
A capital Tóquio confirmou 161 casos novos, disse a NHK, menos do que seu recorde diário de 201, registrado uma semana antes.
A Sociedade da Cruz Vermelha Japonesa começou um teste de anticorpos em cooperação com o governo para determinar se um doador de sangue foi infectado anteriormente.
A Cruz Vermelha disse que usará os resultados para avaliar a confiabilidade dos conjuntos de exames, mas o diário Mainichi Shimbun disse que eles também serão usados para se medir a disseminação do vírus.