O mapa dos casos do novo coronavírus na Itália
Lombardia e Vêneto concentram quase 90% dos contágios
Com 400 casos confirmados, a Itália já é o terceiro país mais atingido pela epidemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que contabiliza mais de 81 mil pessoas contaminadas em todo o mundo.
Até o momento, os casos italianos se concentram sobretudo nas regiões da Lombardia, com 258 (64,5%), e do Vêneto, com 71 (17,8%), ambas no rico e industrializado norte do país. Outras oito regiões da Itália também já foram afetadas: Emilia-Romagna (47 casos), Ligúria (11), Lazio (três), Sicília (três), Piemonte (três), Toscana (dois), Marcas (um) e Trentino-Alto Ádige (um).
Já as mortes se distribuem por Lombardia (nove), Vêneto (duas) e Emilia-Romagna (uma). Entre as províncias, aquelas com mais casos são as de Lodi (128) e Cremona (57), ambas na Lombardia.
Em seguida aparecem Pádua (40), no Vêneto, e Piacenza (20), na Emilia-Romagna - 56 casos ainda não tiveram sua província designada.
O Sars-CoV-2 começou a se espalhar na Itália nas cidades de Codogno (Lodi) e Vo' (Pádua), mas as autoridades ainda procuram os chamados "pacientes zero", ou seja, aqueles que levaram o coronavírus para o país.
Segundo o consultor do Ministério da Saúde italiano Walter Ricciardi, a explosão no número de casos se deve à grande quantidade de exames feitos pelas autoridades sanitárias regionais. "Foram realizados mais de 10 mil testes para a avaliação do novo coronavírus, contra menos de mil na Alemanha e na França", declarou.
Ricciardi alega que "algumas regiões" inicialmente não seguiram diretrizes que preveem exames apenas em pessoas que tenham apresentado sintomas e mantido contato com áreas ou indivíduos de risco. "Algumas regiões ampliaram os testes [para assintomáticos], e isso superestimou os casos", disse.