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"O mundo ainda não fez nada", diz noiva de jornalista saudita assassinado

16 mai 2019 - 20h41
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Hatice Cengiz, a noiva de Jamal Khashoggi, o jornalista assassinado no consulado saudita na Turquia no ano passado, disse nesta quinta-feira que não acreditava que até agora ninguém havia enfrentado as consequências legais pelo crime cometido. 

Hatice Cengiz, noiva do jornalista saudita assassinado Jamal Khashoggi, depõe no Congresso dos Estados Unidos
16/05/2019 REUTERS/Kevin Lamarque
Hatice Cengiz, noiva do jornalista saudita assassinado Jamal Khashoggi, depõe no Congresso dos Estados Unidos 16/05/2019 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

"Eu não consigo entender como o mundo ainda não fez nada a respeito disso", disse Cengiz ao subcomitê de Assuntos Internacionais da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, falando em turco através de um intérprete. 

"Eu ainda não consigo entender o sentido humano disso. Eu ainda sinto como se fosse acordar", disse em um depoimento emocionado em uma audiência sobre liberdade de imprensa internacional e sobre os perigos da cobertura jornalística sobre direitos humanos. 

Cengiz foi a última pessoa a ver Khashoggi, um morador dos Estados Unidos e colunista do jornal Washington Post, antes de sua entrada no consulado saudita em Istambul no dia 2 de outubro para obter documentos para seu casamento. 

Ele nunca deixou o edifício. 

O jornalista saudita, que tinha fontes na realeza do país e se tornou um crítico do príncipe Mohammed bin Salman, foi morto e desmembrado dentro do consulado por uma equipe de agentes sauditas, provocando uma comoção internacional.

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