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Mundo

O que se sabe sobre contra-ataque da Ucrânia que Rússia diz ter causado dezenas de mortos e feridos

As operações ucranianas com drones e mísseis foram lançadas após investidas russas matarem na sexta-feira (29/12) 39 pessoas na Ucrânia e ferirem quase 160.

30 dez 2023 - 16h35
(atualizado em 31/12/2023 às 06h47)
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Bombeiro tenta apagar carro em chamas após um ataque de forças ucranianas à cidade de Belgorod, segundo informações de autoridades russas
Bombeiro tenta apagar carro em chamas após um ataque de forças ucranianas à cidade de Belgorod, segundo informações de autoridades russas
Foto: Reuters / BBC News Brasil

A Ucrânia realizou uma série de ataques com drones e mísseis contra alvos no sudoeste da Rússia entre sexta-feira (29/12) e sábado que deixaram dezenas de mortos e feridos, de acordo com informações de autoridades russas.

Horas depois, a Rússia lançou um novo ataque aéreo na Ucrânia, especialmente na cidade de Kharkiv, no leste do país.

A Força Aérea ucraniana informou ter destruído 21 dos 49 drones russos lançados durante a noite de sábado (30/12), com a maioria dos ataques direcionados às regiões de Kharkiv, Kherson, Mykolaiv e Zaporizhzhia.

O conflito está prestes a completar dois anos.

Já Ministério de Emergências da Rússia afirma que pelo menos 24 pessoas, incluindo três crianças, morreram e mais de 110 ficaram feridas na cidade de Belgorod, que fica aproximadamente a 600 km de Moscou.

As operações ucranianas foram lançadas após investidas russas matarem na sexta-feira (29/12) 39 pessoas na Ucrânia e ferirem quase 160, segundo o presidente Volodymyr Zelensky. Várias cidades ucranianas foram atingidas, incluindo a capital, Kiev.

Esses ataques foram descritos por Kiev como o maior bombardeio de mísseis da Rússia durante a guerra contra a Ucrânia até o momento.

Uma fonte da área de segurança no governo ucraniano disse à BBC News que as operações de contra-ataque utilizaram mais de 70 drones e que apenas a infraestrutura militar foi alvo.

Teria sido atingida também uma fábrica russa na região de Briansk usada para produzir equipamentos militares, como mísseis de longo alcance e sistemas antiaéreos.

Mas o enviado russo à ONU, Vasily Nebenzya, acusou as forças ucranianas de lançar um "ataque deliberado, indiscriminado, contra um alvo civil".

Uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU foi convocada neste sábado a pedido da Rússia.

O vice-secretário-geral das Nações Unidas, Mohamed Khiari, condenou fortemente os ataques dos dois lados e disse que ofensivas direcionadas a civis violam a lei internacional.

Prédio residencial na cidade ucraniana de Odessa atingido por ataque russo na sexta-feira (29/12)
Prédio residencial na cidade ucraniana de Odessa atingido por ataque russo na sexta-feira (29/12)
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O porta-voz da presidência da Rússia disse que o presidente Vladimir Putin foi informado da ofensiva.

O governo russo declarou que conseguiu interceptar e destruir dezenas de mísseis e drones disparados a partir da Ucrânia.

O Ministério da Defesa russo declarou no sábado que 13 mísseis foram destruídos em toda a região durante a noite e que 32 drones foram abatidos nas regiões de Bryansk, Oryol, Kursk e Moscou.

O governador da região de Briansk disse que dois vilarejos foram alvo e que uma criança foi morta. Na vizinha Belgorod, autoridades afirmaram que os ataques danificaram 55 casas, duas empresas particulares, um campo de futebol, um centro de lazer e uma escola.

Moscou acusa o governo ucraniano de lançar ofensivas com drones nos últimos meses, mas Kiev não assume a responsabilidade.

Ofensiva contra a Ucrânia

O prefeito de Kiev, Vitali Klitchsko, disse que 18 pessoas foram mortas na cidade após o ataque com mísseis pelas forças russas, que se tornou o mais mortal para civis desde o começo da guerra.

Na sexta-feira à noite, uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU condenou a recente operação de bombardeio em massa da Rússia na Ucrânia e disse que os ataques devem parar "imediatamente".

Países como os EUA, o Reino Unido e a França afirmaram que atingir infra-estruturas civis viola regras internacionais de guerra.

"Em vez da paz, Putin escolheu marcar esta época festiva... com um número sem precedentes de ataques de drones e mísseis", disse o representante dos EUA na ONU, John Kelley.

"Se a Rússia quer culpar alguém pelas mortes de russos nesta guerra, deveria começar pelo presidente Putin", disse o enviado britânico à ONU, Thomas Phipps.

A Rússia disse que as defesas aéreas ucranianas são as culpadas pelos danos a edifícios civis.

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