O seriado que gerou campanha pela libertação de condenado
Steven Avery passou 18 anos na prisão depois de ser condenado por tentativa de assassinato e agressão sexual, até que foi inocentado
A história de Steven Avery não só se converteu em uma série documental de sucesso como também desencadeou um movimento que já reuniu mais de 30 mil assinaturas pedindo sua liberação.
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Avery passou 18 anos na prisão depois de ser condenado por tentativa de assassinato e agressão sexual, até que foi inocentado.
Dois anos depois de ser solto, porém, ele voltou a ser sentenciado, desta vez à prisão perpétua, por um homicídio cometido no condado de Manitowoc, no Estado americano de Wisconsin.
Para muitos, o documentário da Netflix, Making a Murderer (Fabricando um Assassino, em tradução livre), é prova suficiente de sua inocência. A série sustenta que uma grande injustiça foi cometida, novamente, em seu caso.
Com base nisso, surgiu um movimento que pede a sua libertação.
#FreeStevenAvery
“Liberem Steven Avery” é o nome, em tradução literal, de uma campanha que já tem site oficial, conta no Twitter, página no Facebook com mais de 22 mil seguidores e coleta de assinaturas pedindo a soltura no portal de causas Change.org.
A hashtag #FreeStevenAvery serve para rastrear as mensagens na internet que pedem a liberação do americano.
“Estou indignado com as injustiças no caso de Steven Avery. É uma abominação esse processo”, lê-se na petição no Change.org.
Na sinopse de Making a Murderer, a Netflix diz que a série trata da história de “um inocentado de um caso por meio de exame de DNA que, ao expor a corrupção policial, se torna suspeito de um crime macabro”.
A história de Avery
Steven Avery é retratado no documentário como um jovem de 20 anos “com más companhias”, que, em 1985, se viu envolvido em um caso de tentativa de homicídio e agressão sexual, pelo qual foi condenado.
O primeiro episódio de Making a Murderer mostra a liberação de Avery em 2003, após 18 anos de cárcere, graças a um exame de DNA que o isentou de culpa em um caso de estupro.
Depois de pedir à Justiça uma indenização de US$ 36 milhões (R$ 144 milhões) e denunciar policiais de seu condado, ele é detido novamente, desta vez acusado de matar uma fotógrafa.
O documentário tem dez capítulos e é um dos lançamentos mais recentes da Netflix.
Segundo os produtores, foram necessários dez anos para a realização da série.
Avery, no entanto, permanece preso. Sua família se encarrega de promover a campanha por sua libertação.