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O suposto ataque sônico que provocou perda de audição em diplomatas dos EUA em Cuba

Autoridades americanas acreditam que representantes foram alvo de ação deliberada em Havana; Canadá também relata ocorrência.

11 ago 2017 - 11h33
(atualizado às 12h14)
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Cuba disse 'que Cuba jamais permitiu ou vai permitir que seu território seja usado para qualquer ação contra diplomatas e suas famílias, sem exceções'
Cuba disse 'que Cuba jamais permitiu ou vai permitir que seu território seja usado para qualquer ação contra diplomatas e suas famílias, sem exceções'
Foto: BBC News Brasil

Diplomatas americanos e canadenses em Cuba, bem como suas famílias, estão no centro de um mistério e de um incidente internacional.

Segundo Washington e Ottawa, os representantes receberam tratamento médico por causa de sintomas como perda de audição e mal-estar. Autoridades americanas acreditam que eles foram vítimas de um "ataque sônico".

Na quinta-feira, a agência de notícias Associated Press relatou que, no final do ano passado, um grupo de cinco diplomatas lotados em Havana apresentou a perda súbita de audição. Diversos deles eram recém-chegados à representação diplomática, reaberta em 2015 como parte do processo de reaproximação com Cuba proposto pelo então presidente americano, Barack Obama.

Alguns dos diplomatas tiveram sintomas tão severos que precisaram deixar seus postos. Depois de meses de investigações, autoridades americanas concluíram que eles tinham sido expostos à ação de um dispositivo ultrassônico (que opera em frequências superiores às captadas pelo ouvido humano) instalado no interior ou exterior de suas residências.

Segundo as fontes ouvidas pela AP, não estava claro se o dispositivo era uma arma. Um porta-voz do Departamento de Estado americano disse que o governo retaliou com a expulsão de dois diplomatas cubanos em maio.

A decisão foi criticada por Havana e classificada como "sem justificativa e sem base" em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores. No texto, as autoridades cubanas disseram ter sido informadas dos incidentes em fevereiro deste ano e aberto um "rigorosa e urgente investigação".

"Cuba jamais permitiu ou vai permitir que seu território seja usado para qualquer ação contra diplomatas e suas famílias, sem exceções".

O ministério informou ainda ter reforçado a segurança ao redor da Embaixada dos EUA em Havana, bem como as residências de diplomatas. Fontes da investigação americana ouvidas pelas AP disseram ainda que estão investigando a possibilidade de um outro país estar por trás do ataque, operando à revelia do regime cubano.

Já o Canadá anunciou que está investigando "pelo menos um caso" de diplomata tratado por perda auditiva e dores de cabeça.

"Estamos a par de sintomas incomuns afetando diplomatas canadenses e americanos e suas famílias em Havana", disse à BBC um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Canadá.

Se confirmado, o uso de armas sônicas contra diplomatas seria algo sem precedentes.

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