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Obama ajuda a arrecadar US$ 11 mi para campanha de Biden

Ex-presidente fez um apelo aos apoiadores a reagirem à "urgência" do momento

24 jun 2020 - 11h33
(atualizado às 11h42)
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O ex-presidente norte-americano Barack Obama realizou na terça-feira sua primeira participação na campanha de Joe Biden desde que declarou seu apoio ao candidato presidencial democrata em abril, ajudando a arrecadar mais de 11 milhões de dólares para seu ex-vice e fazendo um apelo aos apoiadores a reagirem à "urgência" do momento.

Joe Biden e Barack Obama na Casa Branca em novembro de 2015
06/11/2015 REUTERS/Jonathan Ernst
Joe Biden e Barack Obama na Casa Branca em novembro de 2015 06/11/2015 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

"Agradeço todos vocês por participarem desta chamada", disse Obama no evento de arrecadação virtual. "Mas, caramba, isto é um assunto sério. Tudo que vocês possam ter feito até agora não basta."

A arrecadação virtual angariou 7,6 milhões de dólares de 175 mil contribuintes da base democrata. Obama e Biden, o virtual indicado a presidente do partido, também dedicaram parte do tempo a um evento digital privado para grandes doadores, que não foi aberto aos repórteres e rendeu outros 3,4 milhões de dólares.

O montante foi o maior de qualquer evento de campanha de Biden, e chega na esteira da notícia de que a arrecadação da campanha do Partido Democrata e de Biden superou a do presidente republicano Donald Trump pela primeira vez em maio.

O evento de arrecadação de terça-feira mostrou o poder de atração de Obama, que continua imensamente popular com a base democrata e que será visto como um cabo eleitoral essencial durante o outono norte-americano.

A ocasião também sublinhou as mudanças dramáticas que a pandemia de coronavírus provocou nas campanhas tradicionais, já que os dois políticos dividiram uma tela falando de suas salas de estar e os apoiadores acompanharam ao vivo pela internet.

No início da campanha deste ano, os números fracos da arrecadação de Biden, na comparação com os de alguns concorrentes democratas, eram uma fonte de preocupação. Mas as contribuições dos doadores aumentaram nas últimas semanas à medida que sua liderança nas pesquisas nacionais de opinião cresceu e o país reagiu a incidentes de brutalidade policial.

Trump, que faz campanha pela reeleição desde 2017, ainda tem muito mais fundos à disposição para a eleição de 3 de novembro. Sua campanha ressaltou em um comunicado que arrecadou mais de 10 milhões de dólares no último final de semana, quando o presidente realizou seu primeiro evento de campanha ao vivo desde o início do surto de coronavírus, em Oklahoma.

"Não existe entusiasmo por Joe Biden", disse Tim Murtaugh, porta-voz da campanha de Trump.

Obama, que só criticou Trump ocasionalmente desde que deixou o cargo, repudiou o comportamento de seu sucessor várias vezes na terça-feira, dizendo que ele "explora" as divisões entre os norte-americanos e qualificou sua forma de governar como "mal-intencionada".

Ele também repreendeu Trump por ignorar os conselhos de especialistas de saúde pública sobre como combater o coronavírus e por respaldar governos autoritários ao atacar a imprensa livre e defender o uso da força militar contra manifestantes.

Biden disse que pegará o telefone em seu primeiro dia como presidente com uma mensagem simples a aliados de todo o mundo: "A América voltou".

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