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Obama critica leis de armas nos EUA: "Não fazem sentido"

Ex-presidente dos Estados Unidos lamentou não ter conseguido dificultar o acesso a armas de fogo durante os oito anos na Casa Branca

30 mai 2019 - 14h45
(atualizado às 14h47)
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Ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama não fugiu de temas políticos em uma breve passagem pelo Brasil. Durante a fala de cerca de uma hora, o 44° presidente norte-americano criticou as leis referentes à venda de armas nos EUA e lamentou não ter o poder de alterá-las.

"Um dos dias mais difíceis no meu governo foi quando houve um tiroteio em uma escola e eu não pude prometer aos pais que perderam seus filhos que eu mudaria as leis para que aquilo não acontecesse com outras crianças", comentou. Obama foi aplaudido pelo público de cerca de 15 mil pessoas ao afirmar que "as leis sobre armas nos Estados Unidos não fazem muito sentido".

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

O #VTEXDAY 2019 recebeu hoje a ilustre presença do 44º presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama II.

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O ex-presidente também falou sobre avanços tecnológicos, mas reforçou a responsabilidade dos governos de estimular a sustentabilidade em paralelo ao progresso. "Não podemos ter aplicativos ótimos e realidade virtual quando na realidade atual o planeta está esquentando", comentou. Segundo o ex-presidente, a responsabilidade deve ser dos líderes políticos, mas os empresários também precisam fazer a sua parte.

Ao responder sobre o que ele tem mais orgulho dos oito anos em que ocupou a presidência, Obama citou o fato de que ninguém de sua equipe foi preso ou acusado de crimes durante o governo. "Cometemos erros, meu governo não foi perfeito, mas nós conseguimos alcançar um grande poder sem corrupção."

Diversidade

Para uma plateia de empresários e pessoas ligadas ao mundo dos negócios, Obama defendeu a diversidade também como uma ferramenta de melhoria da economia. "Se a sua organização só tem homens que têm a mesma aparência e as mesmas ideias, você está perdendo muita informação", disse.

"O Brasil, como os EUA, foi fundado em desigualdades. A genialidade da constituição é que ela nos deu os meios para incluir mais pessoas na família do nosso país e, quanto mais pessoas nós incluímos, mais o nosso país se desenvolve", afirmou. Ele usou o exemplo de atletas estrangeiros na NBA, a liga de basquete norte-americana, para defender uma maior igualdade para melhorar o mercado.

Com uma fala muito voltada para a educação em um dia de protestos ao redor do Brasil, Obama falou sobre a importância dos ensinamentos de sua mãe para alcançar o posto de primeiro presidente afroamericano dos Estados Unidos. "A minha mãe me ensinou a ser curioso e querer aprender mais. Uma das coisas que me permite ser corajoso foi porque eu falhei e sobrevivi. Eu passo isso para a frente", disse.

Em sua mensagem final, o presidente Obama pediu que os brasileiros não percam o otimismo mesmo com as más notícias sobre o mundo. "Se você olhar bem, não houve um momento na história em que as pessoas foram mais ricas, mais saudáveis, que houve mais diversidade, tolerância e menos violência. Não temos garantia de que esse progresso vai continuar, mas lembrem-se que o mundo está muito melhor do que há 100 anos."

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Fonte: Redação Terra
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