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Oceania

Pais de feto com dois cérebros se negam a interromper a gravidez

Apenas 35 casos de hiperidrose craniofacial, forma rara de gêmeos siameses, já foram registrados em todo o mundo. Em nenhum deles, o feto sobreviveu

11 fev 2014 - 18h31
(atualizado às 18h51)
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<p>O nosso bebê tem dois cérebros e dois rostos, mas ainda assim nós o queremos, declararam os pais do feto australiano ao canal de TV Current Affair</p>
O nosso bebê tem dois cérebros e dois rostos, mas ainda assim nós o queremos, declararam os pais do feto australiano ao canal de TV Current Affair
Foto: Reprodução

Os pais de um feto com dois cérebros e duas faces estão desafiando os médicos que aconselharam a interrupção da gravidez, na Austrália. Segundo os especialistas, além de haver um grande risco de a criança não ter muitos anos de vida e de ela ser encarada como uma aberração pela sociedade, o tratamento ao qual ela teria de ser submetida caso sobrevivesse é muito caro. Mesmo com os alertas, Renee Young e Howie Simon permaneceram irredutíveis, segundo informações divulgadas pelo jornal Daily Mail.

Eles disseram que ficaram chocados quando um ultrassom revelou que os gêmeos que eles estavam esperando, na verdade eram apenas uma criança, mas com duas faces perfeitamente simétricas com uma duplicação exata de olhos, nariz e boca e dois cérebros conectados a um tronco cerebral.

Imagens tridimensionais mostram que a criança, agora com 19 semanas, é saudável, tem todos os órgãos vitais, duas pernas, dois braços e um só corpo. A atividade cerebral também está boa em ambosos os cérebros.

A condição do feto, uma forma extrema de gêmeos siameses conhecidos como hiperidrose craniofacial ou diprosopus, é tão rara que apenas 35 casos já foram registrados em todo o mundo. Em nenhum desses casos, o feto sobreviveu.

O casal, que vive no subúrbio de Sydney, declarou que uma forte base familiar poderia proteger a criança, não importa quais sejam as deformidades que ela apresente. Howie Simon, pai de sete crianças, se recusou a interromper a gravidez por razões morais: “Nós pensamos que é o mesmo que criar uma criança com autismo ou síndrome de down, não acho que seja certo abortar um feto que está crescendo bem e saudável”.

O último caso conhecido de diprosopus foi o nascimento do bebé Lali em 2008, em uma aldeia na Índia. A criança morreu dois meses após o nascimento depois de sofrer uma parada cardíaca.

Fonte: Terra
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