Ofuscado por protestos e eleições, Mercosul se reúne nesta semana
Bolsonaro será o anfitrião do encontro em Bento Gonçalves (RS)
A cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, vai sediar a partir desta segunda-feira (2) a 55ª Cúpula do Mercosul.
O Mercosul (Mercado Comum do Sul) é um bloco comercial de países da América Latina formado atualmente por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e por nações associadas. A Venezuela está suspensa.
A agenda prevê reuniões hoje da comissão de comércio do Mercosul. Amanhã (3), haverá o encontro do Grupo Mercado Comum, seguido pela reunião do Conselho na quarta-feira (4). A cúpula atinge seu ápice na quinta-feira (5), com a participação dos chefes de Estado e de Governo.
O evento, no entanto, ocorre em meio a um clima de incerteza na América Latina e protestos populares massivos, além de mudanças em governos locais. Os recém-eleitos governos da Argentina e do Uruguai não enviarão representantes para a cúpula, que contará com a presença apenas dos líderes em fim de mandato.
Maurício Macri, que ficará na Presidência da Argentina até 10 de dezembro, irá a Bento Gonçalves como um de seus últimos compromissos oficiais no exterior. O Uruguai enviará a vice-presidente, Lúcia Topolansky.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo, confirmou presença, assim como o anfitrião Jair Bolsonaro.
Já o Chile, que enfrenta uma onda de protestos, deve enviar um representante do Ministério das Relações Exteriores.
A Bolívia está em processo de adesão ao bloco, mas também enfrenta uma crise política que culminou com a renúncia do presidente Evo Morales. O Brasil, como anfitrião, convidou o governo interino de Jeanine Añez, que pretende enviar outro representante. A Venezuela foi o único país da América do Sul não convidado pelo Brasil para a cúpula.