OMS critica países que cogitam dar 3ª dose de vacinas anti-Covid
Diretor da organização definiu a atitude como gananciosa
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, criticou a "ganância" de alguns países que já desejam aplicar a terceira dose de vacinas contra o novo coronavírus.
Na entrevista coletiva da OMS, Ghebreyesus destacou que a necessidade de uma terceira dose está longe de ser comprovada cientificamente, ao mesmo tempo que grande parte do mundo ainda aguarda pela sua primeira vacina.
"Se a solidariedade não funcionar, só há uma palavra para explicar a agonia prolongada deste mundo ainda refém do vírus: é ganância", disse Ghebreyesus.
O biólogo, de 56 anos de idade, ainda acrescentou que as entregas das vacinas anti-Covid são "injustas e irregulares".
"Alguns países estão pedindo milhões de doses de reforço, enquanto outros não conseguiram imunizar seus profissionais de saúde e as partes mais vulneráveis de sua população", lamentou.
Ghebreyesus critica frequentemente países e empresas que já assinam esses contratos de terceira dose, como o grupo farmacêutico Pfizer/BioNTech, que recomendou uma terceira dose de seu imunizante para torná-la mais eficaz contra a propagação da altamente contagiosa variante Delta do novo coronavírus..