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OMS diz que concentração da vacina nos países ricos "mantém pandemia ardendo"

29 jan 2021 - 18h18
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Os países ricos se digladiando por suprimentos de vacinas contra Covid-19 precisam levar em conta a situação em partes mais pobres do mundo, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira, alertando que a concentração das vacinas "mantém a pandemia ardendo".

21/01/2021
Christopher Black/OMS/Divulgação via REUTERS
21/01/2021 Christopher Black/OMS/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

Autoridades da OMS falaram depois de a Comissão Europeia comunicar que acertou um plano para controlar as exportações de vacinas da União Europeia, inclusive para o Reino Unido, argumentando que precisa fazê-lo para garantir seus próprios suprimentos.

A UE, cujos países-membros estão muito atrás de Israel, Reino Unido e Estados Unidos na distribuição de vacinas, está correndo para obter suprimentos no momento em que as maiores farmacêuticas ocidentais desaceleram as entregas ao bloco devido a problemas de produção.

"Se acumularmos vacinas e não compartilharmos, haverá três grandes problemas. Um, eu já disse, será um fracasso moral catastrófico, dois, isso manterá a pandemia ardendo, e três, uma recuperação muito lenta da economia global", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em uma entrevista coletiva virtual.

"Então a escolha é nossa, e espero que escolhamos as coisas certas", disse ele quase um ano depois de declarar uma emergência de saúde pública em reação ao surgimento do coronavírus.

Mike Ryan, principal especialista de emergências da OMS, disse na entrevista coletiva que as pessoas têm que pensar em colegas na linha de frente como elas, que em países pobres "não tem acesso nem aos farelos".

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