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OMS diz que não é hora de flexibilizar quarentena na Europa

Autoridades da Organização Mundial da Saúde para o continente europeu afirmaram que 'ainda há longo caminho para percorrer' na luta contra o coronavírus

8 abr 2020 - 09h31
(atualizado às 09h41)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira, 8, que não é o momento de flexibilizar a quarentena nos países europeus. Sete das dez nações mais afetadas pela pandemia do novo coronavírus estão no continente europeu.

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva em Genebra, Suíça 
28/02/2020
REUTERS/Denis Balibouse
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva em Genebra, Suíça 28/02/2020 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

O diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, afirmou que a situação ainda é "muito preocupante" e disse que os governos precisam levar muitas situações em consideração antes de relaxar as medidas de circulação pessoal. "Um aumento dramático nos casos através do Atlântico distorceu o que continua sendo uma imagem muito preocupante na Europa", afirmou."Ainda ainda há um longo caminho para percorrer nessa maratona".

Na entrevista, Kluge afirmou que, apesar de os casos terem diminuído em países como Itália e Espanha, avançaram em nações como a Suécia. A entidade também respondeu às provocações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que na quarta afirmou que a entidade seria muito centrada na China e ameaçou cortar os recursos da entidade. Não é a primeira vez que Trump critica uma agência da Organização das Nações Unidas.

"Ainda estamos na fase aguda de uma pandemia, então agora não é tempo para reduzir o financiamento", afirmou Kluge, negando que a entidade seja "chinocêntrica". Os Estados Unidos são o principal doador do órgão de Genebra que Trump disse ter emitido maus conselhos durante o novo surto de coronavírus.

Bruce Aylward, consultor sênior do diretor-geral da OMS, disse que o trabalho da agência das Nações Unidas com as autoridades de Pequim foi importante para entender o surto que começou em Wuhan. "Foi absolutamente crítico no início desse surto para ter maior acesso possível (a informações) e trabalhar com os chineses para entender isso", disse.

"Foi o que fizemos com todos os outros países atingidos como Espanha. Não tinha nada a ver com a China especificamente". Ele também defendeu as recomendações da OMS para manter as fronteiras abertas, dizendo que a China trabalhou duro para identificar, detectar casos iniciais e seus contatos e garantir que eles não viajassem. / REUTERS

Estadão
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