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OMS esclarece fala sobre assintomáticos que gerou polêmica

Entidade diz que eles transmitem vírus, mas não se sabe quando

9 jun 2020 - 13h50
(atualizado às 14h17)
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OMS voltou atrás em declaração sobre assintomáticos do novo coronavírus
OMS voltou atrás em declaração sobre assintomáticos do novo coronavírus
Foto: Ansa / Ansa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) esclareceu durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (09) a declaração de que é "raro que pessoas assintomáticas possam transmitir o novo coronavírus", dada aos jornalistas 24 horas antes pela chefe do programa de Emergências, Maria van Kerkhove.

A afirmação causou muita polêmica em todo o mundo, especialmente entre cientistas, por gerar a impressão de que apenas pessoas que tenham sintomas é que podem passar a doença adiante, o que causaria um relaxamento no combate à Covid-19.

Kherkove ressaltou que "recebeu muitas mensagens da noite para o dia" e que quer deixar claro o mal-entendido.

"A maior parte das transmissões que conhecemos ocorre por pessoas com sintomas e que transmitem o vírus por meio de gotículas infectadas. Mas, há um subconjunto de pessoas que não desenvolvem sintomas. Acho que é um mal-entendido afirmar que uma transmissão assintomática globalmente é muito rara, sendo que eu estava me referindo a um subconjunto de estudos", ressaltou Kerkhove hoje.

Segundo a chefe do programa de Emergências, sua fala trazia dados que ainda não foram publicados, mas que a OMS já recebeu de seus Estados-membros, especialmente, aqueles que mais realizam testes.

Conforme a especialista, existem as pessoas que são assintomáticas, ou seja, que não desenvolvem nenhum tipo de sintoma da Covid-19 em nenhum momento, e aquelas pré-sintomáticas - que ainda não desenvolveram nenhum tipo de sintoma por conta do período de incubação do coronavírus.

Para Kherkove, é aí que mora a diferença, por isso que as medidas de prevenção continuam sendo necessárias.

"Estamos absolutamente convencidos de que a transmissão por casos assintomáticos ocorre e está ocorrendo. A questão é saber quanto tempo isso leva", reforçou o diretor de Emergências da OMS, Michael Ryan.

Ansa - Brasil
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