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OMS pode considerar vício em vídeogames um transtorno mental

OMS pode incluir a "doença" em sua nova lista internacional

22 dez 2017 - 11h47
(atualizado às 12h23)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira (21) que o vício em vídeogames poderá ser reconhecido como um transtorno mental a partir de 2018, ano em que será divulgada a próxima edição da Classificação Internacional das Doenças (CID).

    Na lista de doenças, que ainda está sendo preparada, o vício em vídeogames deverá entrar na categoria "distúrbios devido a um comportamento dependente", o mesmo, por exemplo, de quem aposta de forma compulsiva.

    "Os profissionais de saúde devem reconhecer que o vício em vídeogames pode ter sérias consequências para a saúde. Mesmo que a maioria das pessoas que joga videogame não tem esse problema, em algumas circunstâncias, o abuso pode levar a efeitos adversos", explicou o líder do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, Vladimir Poznyak.

    Se o vício em vídeogames entrar na próxima edição da CID, será a primeira vez que a OMS incluirá uma dependência "tecnológica" na lista de doenças.

    Para verificar se a pessoa é uma viciada em vídeogames, os médicos deverão prestar atenção em alguns sintomas. Um deles, é quando o paciente dá prioridade aos videogames "até o ponto em que o jogo prevalece sobre os outros interesses da vida".

    Segundo a OMS, se o transtorno for aceito na lista, o diagnóstico e o tratamento da "doença" poderá ser facilitado.

    Além disso, a publicação pode incentivar as agências de saúde a investigarem o tema.

Ansa - Brasil
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