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ONG acusa Israel e Hamas por crimes de guerra contra jornalistas e relata mais de 30 mortes

Repórteres Sem Fronteiras apela para Tribunal Penal Internacional investigar casos.

1 nov 2023 - 17h38
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Palestinian journalists killed by Israeli forces in Gaza
Palestinian journalists killed by Israeli forces in Gaza
Foto: Reprodução/Getty Images

A organização “Repórteres Sem Fronteiras” apresentou nesta terça-feira, 31, denúncia Israel e o Hamas por crimes de guerra pela morte de jornalistas dentro do exercício da função ao Tribunal Penal Internacional. De acordo com a RSF, 34 profissionais da imprensa foram mortos desde do início do conflito. 

Na denúncia, a ONG apela para os procuradores da TPI investigarem as circunstâncias em que aconteceram as mortes. A RSF disse que já apresentou uma queixa relativa a oito jornalistas palestinos que teriam sido mortos no bombardeio israelense de áreas civis na Faixa de Gaza, e a um jornalista israelense morto durante o ataque surpresa do Hamas no sul de Israel.

Ainda de acordo com o grupo, dos 34 jornalistas mortos, pelo menos 12 foram mortos no exercício do seu trabalho - 10 em Gaza, um em Israel e um no Líbano.

“A escala, a gravidade e a natureza recorrente dos crimes internacionais contra jornalistas, especialmente em Gaza, exigem uma investigação prioritária por parte do procurador do TPI”, disse Christophe Deloire, diretor-geral do Repórteres Sem Fronteira. 

De acordo com o jornal The Washington Post, o Comité para a Proteção dos Jornalistas disse nesta quarta-feira, 1º, também relatou em um comunicado que está investigando relatos de jornalistas “mortos, feridos, detidos ou desaparecidos” na guerra, incluindo no Líbano.

“O CPJ enfatiza que os jornalistas são civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser alvo de partes em conflito”, disse Sherif Mansour, coordenador do programa para o Médio Oriente e Norte de África da organização.

Terceira queixa

Esta é a terceira vez que o RSF apresenta uma queixa ao Tribunal desde 2018, alegando crimes de guerra contra jornalistas palestinos em Gaza. Segundo com o grupo, a primeira foi apresentada em maio de 2018 durante os protestos da “Grande Marcha do Retorno” em Gaza. 

O segundo foi em maio de 2021, após ataques aéreos israelenses contra mais de 20 meios de comunicação na Faixa de Gaza. O grupo também apoiou a denúncia apresentada pela Al Jazeera sobre o assassinato de uma jornalista palestina Shirin Abu Akleh na Cisjordânia, em maio de 2022.

Segundo The Washington Post, a promotoria do TPI já está investigando as ações das autoridades israelenses e palestinas desde a guerra entre Israel e o Hamas em 2014. A investigação também irá considerar as alegações sobre o conflito atual.

Fonte: Redação Terra
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