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ONU aprova conferência para discutir criação de Estado palestino

Cúpula deverá acontecer em junho de 2025

4 dez 2024 - 09h52
(atualizado às 10h15)
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A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou na última terça-feira (3) uma resolução que prevê a realização de uma conferência internacional para discutir a criação de um Estado palestino em junho de 2025.

    A iniciativa para tentar abrir caminho para uma solução de dois Estados recebeu 157 votos favoráveis, incluindo do Brasil, e oito contrários (Argentina, Hungria, Israel, Micronésia, Nauru, Palau, Papua Nova Guiné e Estados Unidos), além de 7 abstenções (Camarões, República Tcheca, Equador, Geórgia, Paraguai, Ucrânia e Uruguai).

    A ONU expressou "apoio inabalável, de acordo com o direito internacional, à solução de dois Estados de Israel e da Palestina" e insistiu na necessidade de lançar "negociações credíveis" para o processo de paz no Oriente Médio.

    Segundo o documento, a Assembleia decidiu convocar uma "conferência internacional de alto nível para a resolução pacífica do Oriente Médio e a implementação da solução de dois Estados", que será co-presidida pela França e pela Arábia Saudita.

    Até lá, o texto apela às partes para que "ajam de forma responsável" para reverter "tendências negativas, incluindo todas as medidas tomadas no terreno que violem o direito internacional".

    Mais especificamente, a Assembleia pede mais uma vez para que "os direitos inalienáveis do povo palestino, em primeiro lugar e acima de tudo, o direito à autodeterminação e o direito de criar um Estado independente, sejam realizados".

    Com base em decisões recentes do Tribunal Internacional de Justiça, a ONU exige também que Israel "ponha termo à sua presença ilícita nos territórios palestinos ocupados o mais rapidamente possível" e cesse toda a colonização.

    Por fim, o texto ainda apoia um cessar-fogo abrangente na Faixa de Gaza e no Líbano. Desde o início do conflito no enclave palestino, em outubro de 2023, o número de mortos ultrapassou 44 mil, e a maioria da população local foi forçada a deixar suas casas. .

Ansa - Brasil
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