ONU aprova resolução contra 'hostilidades' da Rússia
Texto também pede acesso humanitário a zonas de conflito
A Assembleia-Geral da ONU aprovou nesta quinta-feira (24) uma resolução que pede a imediata interrupção das "hostilidades por parte da Rússia" na Ucrânia.
O texto recebeu 140 votos a favor e apenas cinco contra, incluindo o da própria Rússia, além de 38 abstenções, em mais uma derrota diplomática de Moscou nas Nações Unidas. O placar é quase igual ao da resolução de 2 de março, que condenou a invasão à Ucrânia.
Na ocasião, a medida recebeu 141 votos a favor e cinco contra, além de 35 abstenções. Os únicos países que votaram "não", em ambos os casos, foram Belarus, Coreia do Norte, Eritreia, Rússia e Síria. Já a China se absteve nas duas votações.
A resolução desta quinta-feira pede a "imediata cessação das hostilidades por parte da Rússia, em particular os eventuais ataques contra civis", e o acesso humanitário, de equipes médicas e de jornalistas aos locais de conflito. O texto não é vinculante, mas carrega um peso simbólico por expor o isolamento de Moscou na comunidade internacional.
Para justificar a abstenção, o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, disse que aprecia os "princípios" da resolução, mas afirmou que alguns itens "vão além da questão humanitária na Ucrânia". Pequim defendia um rascunho proposto pela África do Sul e que não citava a Rússia nominalmente.