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ONU diz que há milhares de mortos a mais na Ucrânia do que relatado oficialmente

Conflito no país está na 11ª semana e não tem previsão de término

10 mai 2022 - 07h46
(atualizado às 08h42)
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Mãe protege seu filho durante bombardeio em Mariupol
Mãe protege seu filho durante bombardeio em Mariupol
Foto: Alexander Ermochenko / Reuters

Há milhares de civis mortos na Ucrânia além dos 3.381 relatados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em quase 11 semanas de guerra no país, disse nesta terça-feira a chefe da Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia.

A equipe da ONU, que inclui 55 monitores na Ucrânia, disse que a maioria das mortes ocorreu devido ao uso de armas explosivas com uma ampla área de impacto, como mísseis e ataques aéreos.

"Temos trabalhado em estimativas, mas tudo o que posso dizer por enquanto é que é milhares mais alto do que os números que lhe demos atualmente", disse Matilda Bogner em uma coletiva de imprensa em Genebra, quando questionada sobre o número total de mortos e feridos.

"O grande buraco negro é realmente Mariupol onde tem sido difícil para nós ter acesso total e obter informações totalmente corroboradas", acrescentou, referindo-se à cidade portuária no sudeste da Ucrânia que tem visto os combates mais pesados da guerra.

A Rússia nega ter como alvo os civis e chama sua invasão, lançada em 24 de fevereiro, de "operação militar especial" para desarmar a Ucrânia e livrá-la do que ela chama de nacionalistas anti-russos fomentados pelo Ocidente. A Ucrânia e o Ocidente dizem que este é um falso pretexto para travar uma guerra de agressão não provocada.

Bogner disse que sua equipe também estava investigando o que descreveu como "alegações confiáveis" de tortura, maus-tratos e execuções pelas forças ucranianas contra as forças invasoras russas e grupos armados afiliados.

"Em termos da extensão das violações pelas forças ucranianas --embora a escala seja significativamente maior do lado das alegações contra as forças russas--, também estamos documentando as violações pelas forças ucranianas", disse ela.

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