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ONU pede a países que enviem planos climáticos após calor recorde em 2014

22 jan 2015 - 18h53
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A Organização das Nações Unidas pediu nesta quinta-feira a governos de todo mundo que submetam seus planos para cortar as emissões de gases do efeito estufa, pavimentando o caminho para um acordo marcado para dezembro em Paris com o objetivo de conter o aquecimento global, após cientistas afirmarem que 2014 foi o ano mais quente já registrado.

Secretária-executiva da ONU para mudanças climáticas, Christiana Figueres, durante evento em Davos, na Suíça, nesta quinta-feira. 22/01/2015
Secretária-executiva da ONU para mudanças climáticas, Christiana Figueres, durante evento em Davos, na Suíça, nesta quinta-feira. 22/01/2015
Foto: Ruben Sprich / Reuters

Os governos concordaram com um prazo informal de 31 de março para enviar seus planos, que vão servir de base para o acordo da ONU para reduzir o ritmo das mudanças climáticas, cuja causa principal é atribuída por quase todos os climatologistas ao aumento na emissão de gases do efeito estufa produzidos pelo homem.

A secretária-executiva da ONU para mudanças climáticas, Christiana Figueres, disse que o encontro em Paris representa uma chance de entrar no caminho "rumo a uma profunda descarbonização da economia global, alcançando-se a neutralidade climática na segunda metade do século".

A neutralidade climática significa emissões líquidas equivalentes a zero, ou seja, que qualquer emissão proveniente da queima da combustíveis fósseis seja compensada por medidas como, por exemplo, o plantio de árvores capazes de sugar o dióxido de carbono do ar enquanto crescem.

Tanto a Nasa como o a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA disseram na semana passada que 2014 foi o ano mais quente desde que o início dos registros no fim do século 19.

China, Estados Unidos e União Europeia, os principais emissores, já delinearam planos para o acordo de Paris, mas muitos detalhes ainda não estão claros.

(Com reportagem de Valerie Volcovici, em Washington)

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