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ONU reduz número de funcionários internacionais em Gaza após ataques israelenses

24 mar 2025 - 18h24
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As Nações Unidas disseram nesta segunda-feira que estão reduzindo o número de funcionários internacionais em Gaza em cerca de um terço após os recentes ataques israelenses no enclave que mataram centenas de civis, incluindo funcionários das Nações Unidas.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse em uma coletiva de imprensa que a medida foi tomada por razões operacionais e de segurança e envolveria a retirada de aproximadamente 30 dos cerca de 100 funcionários internacionais atualmente em Gaza.

"O que estamos fazendo é reduzir o número de membros da equipe internacional em cerca de um terço nesta semana, e talvez um pouco mais no futuro. É uma medida temporária. Esperamos que as pessoas retornem a Gaza assim que possível", disse.

Ele enfatizou que a ONU não está deixando Gaza.

"O Secretário-Geral tomou a difícil decisão (...) mesmo quando as necessidades humanitárias aumentam e nossa preocupação com a proteção dos civis se intensifica", afirmou.

"A organização continua comprometida em continuar fornecendo a ajuda de que os civis dependem para sua sobrevivência e proteção."

Dujarric disse que, com base nas informações atualmente disponíveis, os ataques que atingiram um complexo da ONU em Deir Al Balah em 19 de março, matando um funcionário búlgaro da ONU e deixando seis outros -- da França, Moldávia, Macedônia do Norte, territórios palestinos e Reino Unido -- com ferimentos graves, vieram de um tanque israelense.

"A localização desse complexo da ONU era bem conhecida pelas partes envolvidas no conflito", disse, observando que o secretário-geral da ONU, António Guterres, havia exigido "uma investigação completa, minuciosa e independente".

O Ministério da Saúde de Gaza atribuiu o ataque a Israel, mas Israel negou, dizendo que atingiu um local do Hamas onde foram detectados preparativos para disparos contra o território israelense.

Questionado se a ONU acreditava que o complexo havia sido deliberadamente considerado um alvo, Dujarric disse: "Acho que esse é um dos motivos pelos quais precisamos de uma investigação bastante clara e transparente. A questão é que os israelenses sabiam exatamente onde ficava essa instalação da ONU e ela foi atingida por um projétil de um de seus tanques."

O Exército israelense disse que suas forças dispararam nesta segunda-feira contra um prédio pertencente à Cruz Vermelha na cidade de Rafah, no sul de Gaza, como resultado de uma identificação incorreta, após um escritório pertencente à organização de ajuda humanitária ser danificado por um projétil explosivo.

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