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Opas alerta que países das Américas precisam monitorar outros vírus além da Covid-19

1 jun 2022 - 13h30
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Os casos de Covid-19 nas Américas aumentaram 10,4% na semana passada em relação à anterior, mas os países da região também devem prestar atenção a um aumento de outros vírus respiratórios, alertou nesta quarta-feira a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Paciente internado com Covid em Bogotá
 3/6/2021    REUTERS/Luisa Gonzalez
Paciente internado com Covid em Bogotá 3/6/2021 REUTERS/Luisa Gonzalez
Foto: Reuters

As Américas tiveram 1.087.390 novos casos de Covid-19 e 4.155 mortes na semana passada.

Os casos na América do Sul aumentaram 43,1%, o maior salto na região, enquanto o maior aumento de mortes relacionadas à Covid-19 foi na América Central, com 21,3% de alta, disse a Opas em entrevista coletiva, acrescentando que os casos na região vêm crescendo nas últimas seis semanas.

Outros vírus respiratórios, como influenza, varíola do macaco e hepatite viral, também estão aumentando, e os países precisam prestar muita atenção a essas doenças também, disse a diretora da Opas, Carissa Etienne.

"O vírus da gripe está circulando novamente e não apenas durante a estação da gripe tradicional", disse. "Os países devem expandir a vigilância para monitorar outros vírus respiratórios, não apenas a Covid".

México e Peru têm visto um número maior de casos de gripe do que o esperado, e Argentina, Chile e Uruguai relataram mais hospitalizações do que o habitual devido ao vírus.

A Opas advertiu que muitos lugares poderiam enfrentar a dupla ameaça de um surto de influenza junto com um aumento dos casos de Covid-19, "o que representará um risco adicional para os profissionais de saúde, os idosos e as mulheres grávidas".

O aumento de eventos climáticos extremos, como furacões, chuvas fortes e inundações em muitas partes das Américas, é outra pressão para os serviços de saúde na região, disse Etienne.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA e o Sistema de Integração da América Central esperam ver mais tempestades do que a média neste ano, disse a Opas, especialmente no Atlântico, no Golfo do México e no Caribe.

"Isto é preocupante, pois basta apenas uma tempestade grande para destruir o sustento das pessoas, prejudicar nossos sistemas de saúde e levar a inúmeras vidas perdidas", disse Etienne. "Devemos nos preparar cedo para não sermos pegos desprevenidos".

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