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Afeganistão: míssil atinge cerimônia de casamento e mata 20

1 jan 2015 - 06h20
(atualizado às 08h36)
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Pelo menos 20 pessoas morreram e 45 ficaram feridas, a maioria crianças e mulheres, pelo impacto de um míssil durante a realização de um casamento na província de Helmand, no sul do Afeganistão, informou nesta quinta-feira à Agência Efe uma fonte oficial.

A queda do míssil aconteceu no final da tarde de ontem quando os presentes à festa comemoravam o primeiro dos dois dias do casamento, destinado sobretudo a mulheres, no distrito de Sangin, afirmou o porta-voz do governador provincial, Omar Zwak.

O porta-voz assegurou que entre os feridos, que foram levados a um hospital de Lashkarga, a capital provincial, havia 22 crianças e 20 mulheres, "alguns em situação crítica", embora não tenha podido dar detalhes sobre os mortos.

Zwak revelou que testemunhas asseguraram que vários mísseis foram lançados pelas forças de segurança afegãs, mas não pôde confirmar essa informação e acrescentou que uma equipe de investigação foi para o local para esclarecer os fatos.

No entanto, um alto comandante da Polícia de Helmand, Ghulam Sakhi Ghafoori, esclareceu à Efe que a região está sob controle dos talibãs, onde nos últimos quatro meses foram registrados fortes choques entre os insurgentes e o Exército, por isso que a equipe de investigação terá que entrar em contato com testemunhas desde a área mais próxima controlada pelo governo.

Um porta-voz talibã, Yosuf Ahmadi, corroborou a versão das testemunhas através de sua conta no Twitter, ao afirmar que "os mísseis foram lançados pelas forças de segurança e o condenamos", e acrescentou mais tarde em comunicado que no local se realizava o casamento de um filho de um líder tribal.

"Oito mulheres e doze crianças foram assassinados e 62 mais ficaram feridos. Alguns corpos ainda permanecem sob os escombros da casa destruída", detalhou Ahmadi.

O Afeganistão atravessa um dos momentos mais complicados desde a invasão dos Estados Unidos e o final do regime talibã há 13 anos, com um aumento nos últimos meses dos ataques insurgentes e o número de civis afetados.

EFE   
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