Agência vai investigar acusações de ataques com gás cloro na Síria, diz fonte
A agência global de armas químicas vai investigar as alegações de ataques com gás cloro em vilarejos sírios que mataram seis pessoas e deixaram dezenas de feridos neste mês, disse uma fonte à Reuters nesta quinta-feira.
A fonte da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que falou sob condição de anonimato, afirmou que uma missão de averiguação irá examinar os relatos sobre o uso de várias bombas-barril na região de Idlib, no noroeste da Síria.
“Será investigado”, disse o informante, referindo-se ao ataque mais mortífero contra o vilarejo de Sarmin, onde uma bomba-barril atingiu uma casa e supostamente matou duas crianças e seus pais e feriu 90 moradores.
No ano passado, a missão da Opaq concluiu que o uso de gás cloro tem sido “sistemático” nos quatro anos de guerra civil síria, que já matou mais de 200 mil pessoas e deixou milhões desabrigadas.
Os dois lados do conflito negaram ter usado bombas-barril com gás cloro, que a Opaq diz serem lançadas de helicóptero. A Força Aérea síria é a única do conflito que se sabe utilizar essas aeronaves.
A Síria se tornou membro da Convenção de Armas Químicas em 2013, concordando em permitir a entrada de inspetores de armas estrangeiros no país e evitando a ameaça de ataques aéreos dos Estados Unidos depois que ataques com gás sarin nas cercanias de Damasco mataram centenas de pessoas.
Desde então, o governo do presidente sírio, Bashar al Assad, entregou 1.300 toneladas de agentes químicos tóxicos e está destruindo instalações de produção e armazenamento. O processo de verificação do desmantelamento do programa de armas químicas está em andamento.