O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh, descartou neste domingo que os Estados Unidos utilizem a próxima cúpula militar que será realizada na Jordânia para decidir sobre uma intervenção na Síria depois das denúncias de ataques químicos no país. Em entrevista coletiva, o chefe da diplomacia jordaniana afirmou que "as opções dos Estados Unidos não serão discutidas nesse encontro, que está programado há meses".
Os chefes militares dos EUA, Jordânia, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá, Turquia, Arábia Saudita e Catar devem participar de uma reunião, ainda sem data, para discutir o suposto uso de armas químicas na Síria, enquanto os EUA já anunciaram que estão se preparando para uma eventual intervenção militar.
No entanto, Judeh disse que a cúpula "não vai ignorar a morte de mais de mil pessoas pelo possível uso de armas químicas", em referência ao ataque na periferia de Damasco denunciado na última quarta-feira pela oposição, que responsabilizou o regime sírio pelo ocorrido.
As autoridades sírias negaram as acusações e denunciaram o uso de gases tóxicos pelos rebeldes em outro fato, enquanto cresce a tensão na região pela escalada bélica.
Um porta-voz jordaniano afirmou na última sexta-feira que o encontro militar entre os dez países citados permitirá aos participantes discutir assuntos sobre "segurança regional e as repercussões dos últimos eventos, especialmente a crise na Síria".
Os Estados Unidos deslocaram unidades navais para mais perto da Síria, enquanto o presidente Barack Obama considera opções militares como uma resposta para o suposto uso de armas químicas nesse país, mas alertou sobre os riscos de uma intervenção "sem um mandato da ONU e sem provas claras".
A próxima cúpula da coalizão de dez nações despertou grande expectativa na Jordânia. No final das manobras militares Eager Lion, em junho, os EUA deixaram na Jordânia 700 militares junto a baterias de mísseis Patriot e caças F-16 para treinar com as Forças Armadas jordanianas e prepará-las para um eventual ataque sírio. Além disso, outros 200 especialistas americanos já tinham sido mobilizados no ano passado para assessorar o exército jordaniano sobre ataques químicos.
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam