Americano morre na Síria lutando pelo Estado Islâmico
O extremista tinha 33 anos e era de San Diego, Califórnia
Um cidadão norte-americano, identificado como Douglas McAuthur McCain, de 33 anos, morreu enquanto combatia na Síria ao lado de jihadistas do Estado Islâmico (EI, ex-Isis), informou a rede NBC nesta terça-feira.
Segundo a ANSA, ele teria morrido em confrontos no fim de semana entre facções opostas. No bolso, o extremista levava US$ 800 e o passaporte dos EUA. De acordo com fontes locais, ele era de San Diego, Califórnia.
McCain tinha um perfil no Facebook com o nome de Duale ThaslaveofAllah, e em seu perfil no Twitter era possível ler a mensagem: "Islã está acima de tudo".
Douglas nasceu em Illinois em 1981, mas se mudou com a família para Minnesota em 1999. De acordo com os estudantes da Robbinsdale Cooper High School, o jovem era muito bem-humorado e estava sempre sorrindo. "McCain era um bom garoto que amava a família e os amigos, ele sempre te fazia rir com seu jeito brincalhão", disse um colega da época do colégio.
Relatórios mostram, contudo, que McCain teve alguns problemas com a Justiça. Ele foi preso em 2000, aos 19 anos, na cidade de New Hope, sob a acusação de má conduta. Outro registro criminal mostra que ele foi detido novamente seis anos mais tarde sob acusações de obstrução.
De acordo com a NBC, um tweet aponta que McCai se converteu ao Islã em 2004.
Sua devoção à religião ficou evidente para os amigos que o conheceram durante uma viagem que McCain fez à Suécia para participar de um show de rap há cerca de três anos.
O americano se mudou para Califórnia em algum momento e ingressou na San Diego City College, mas não se sabe se ele se formou.
Na rede, McCain aparentava ser um muçulmano devoto que amava a família. "Alá me mantém seguindo em frente. Sem Alá , eu não sou nada", era possível ler em uma de suas fotos. Já em outros posts figurava a bandeira negra do Estado Islâmico e fotos de propaganda extremista. Em setembro de 2010, ele postou uma sugestiva, com o seguinte comentário: "Os soldados de Alá estão voltando".
Em 3 de abril, McCain retuitou na íntegra uma tradução do discurso de Abu Muhammas al-Adnani, o líder do Estado Islâmico.
A morte de Douglas McAuthur McCain veio à tona após a decapitação do jornalista americano James Foley, ao que tudo indica, por um terrorista de nacionalidade inglesa.
A polícia britânica pediu ajuda de seus cidadãos para indentificar aspirantes a terroristas no país nesta terça-feira.