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Oriente Médio

Ann supera doença para estar ao lado de Mitt Romney

5 nov 2012 - 20h24
(atualizado às 20h25)
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Casada há 43 anos com Mitt Romney e mãe de seus cinco filhos, Ann enfrentou problemas de saúde para se tornar uma figura importante na campanha do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos.

Sob o olhar de Mitt, Ann Romney  discursa durante comício de campanha em Englewood, no Colorado, no dia 3 de novembro
Sob o olhar de Mitt, Ann Romney discursa durante comício de campanha em Englewood, no Colorado, no dia 3 de novembro
Foto: AFP

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Descendente de emigrantes galeses de classe média, Ann Romney é ligada à sociedade mais tradicional e conservadora dos Estados Unidos, especialmente em sua defesa dos valores familiares e no papel principal que a fé religiosa tem em sua vida - ela se converteu à igreja mórmon em 1966 por causa do marido.

Ela e Mitt se casaram quando os dois ainda eram estudantes universitários. Como dinheiro nunca foi problema para o marido de família milionária, Ann optou por se dedicar as tarefas domésticas e a criar os cinco filhos homens que teve: Taggart, Matthew, Joshua, Benjamin e Craig.

A decisão em relação ao trabalho gerou debates públicos durante a campanha eleitoral. Para alguns, seu casamento era irreal, uma reprodução de contos infantis. "Meu casamento não é como um conto de fadas", disse Ann em seu discurso na convenção do Partido Republicano que designou seu marido como candidato à Casa Branca. "O que Mitt e eu temos é um casamento real".

Em outros momentos, ataques de adversários de Romney a Ann provocaram revolta até do outro lado. Em abril, a comentarista democrata Hillary Rosen, afirmou que Ann "nunca trabalhou um dia sequer em sua vida". A atual primeira-dama, Michelle Obama, rapidamente veio a público para enaltecer o trabalho da "rival". A campanha oficial democrata também desautorizou a comentarista. No entanto, a polêmica ajudou a Romney a ganhar a simpatia das donas de casa - cerca de 15% das mães com filhos pequenos nos EUA não trabalham.

Apesar de pouco aparente no início da campanha, durante a temporada de comícios e debates, Ann - que foi primeira-dama de Massachusetts entre 2003 e 2007 - fez sua presença ser sentida. Segundo ela, o marido sempre a procura nesses eventos. "Ele me procura entre o público e sempre me encontra. Mitt tem que encontrar onde estou, precisamos dessa conexão. Após cada resposta, ele me procura na plateia, como se estivesse me perguntando: Está bom? Fiz bem?", explica Ann Romney.

No entanto, estar presente na campanha do marido é uma luta constante para Ann. Ela foi diagnosticada com câncer de mama em 2008. Graças à descoberta em estágio inicial, a doença foi superada ainda no mesmo ano, mas Ann segue lidando com a esclerose múltipla, uma doença neurológica e degenerativa que foi diagnosticada em 1998. Mesmo em estado de "remissão", segundo a própria Ann costuma afirmar, a doença segue "governando" sua vida.

Apesar das recomendações médicas para evitar o estresse, além de dormir e comer bem, Ann Romney se mostrou muito ativa durante a campanha eleitoral republicana, acompanhando seu marido em vários atos e, inclusive, chegando a liderar comícios sozinha. "É quase irônico que eu esteja participando da campanha, já que para mim é muito difícil manter um equilíbrio entre minha saúde e as exigências da campanha. Felizmente, meu pessoal de apoio entende isso e foi estupendo, preservando o descanso que necessito", disse Ann à agência EFE.

Com essa trajetória de vida, teve um papel importante durante a campanha eleitoral em dar um toque mais "humano" para a imagem bilionário marido - tido por muitos como frio - e tentar atrair o voto das mulheres, que costumam votar majoritariamente nos democratas.

Americanos vão às urnas

Os americanos escolhem nesta terça-feira seu presidente. O atual mandatário, o democrata Barack Obama, disputa a preferência dos eleitores com o republicano Mitt Romney. Diferente do Brasil, as eleições americanas são indiretas. O candidato mais votado em cada Estado leva todos os seus delegados. No fim, o candidato com maior número de delegados - e não de votos - sai vencedor. O Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, faz a cobertura completa das eleições presidenciais nos EUA e acompanha a apuração de votos em tempo real.

Fonte: Terra
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