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Brasil defende apuração independente sobre armas químicas na Síria

22 ago 2013 - 13h43
(atualizado às 13h53)
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O governo brasileiro defende uma investigação independente sobre o suposto uso de armas químicas na Síria e pede cautela na hora de apontar possíveis responsáveis pelos ataques antes de qualquer confirmação, afirmou nesta quinta-feira o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota.

"São muito preocupantes as denúncias do uso de armas químicas. A presidência do Conselho de Segurança (da ONU) recomendou uma investigação independente. As informações trazem uma nova dimensão ainda mais preocupante e grave sobre a situação (na Síria)", afirmou o chanceler em audiência na comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

O ministro disse que o Brasil espera que tanto o Conselho de Segurança como as autoridades sírias autorizem a missão das Nações Unidas que já está na Síria realizar uma investigação independente.

A Coalizão Nacional Síria (CNFROS) denunciou ontem que pelo menos 1,3 mil pessoas morreram em um ataque com armas químicas perpetrado pelo exército nos arredores de Damasco, acusações rechaçadas pelo regime de Bashar al-Assad. "Talvez seja precipitado concluir se foi um lado ou o outro", afirmou o chanceler brasileiro ao pedir que a comunidade internacional se abstenha de apontar um culpado até que uma investigação livre esclareça os fatos.

Patriota criticou a incapacidade da comunidade internacional para mediar o conflito que começou em março de 2011. "A comunidade internacional não consegue se organizar de forma eficaz para dar um basta e contribuir para uma solução diplomática e política mediante o diálogo, apesar de existirem vários esforços que têm todo o apoio do governo brasileiro", afirmou.

China e Rússia impediram ontem que o Conselho de Segurança da ONU aprovasse o início de uma investigação sobre os supostos ataques com armas químicas.

EFE   
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