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Breivik diz que sofre tratamento contrário aos direitos humanos

8 nov 2012 - 14h02
(atualizado às 14h24)
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Anders Behring Breivik, condenado pelo assassinato de 77 pessoas em 22 de julho de 2011 na Noruega, queixou-se das condições de sua detenção "contrárias aos direitos Humanos", anunciou nesta quinta-feira um de seus advogados. Neste mesmo dia, o terrorista ultradireitista de 33 anos, que se apresenta como um "resistente contra a invasão muçulmana", pediu - em vão - que suas armas e alguns objetos pessoais fossem doados a um museu norueguês.

Breivik reclama do tratamento que tem recebido na prisão
Breivik reclama do tratamento que tem recebido na prisão
Foto: AFP

Confira a linha do tempo dos atentados na Noruega

Em uma carta às autoridades prisionais, Breivik criticou o sistema prisional de segurança máxima, ao qual está submetido há mais de um ano, e as restrições relativas à sua correspondência.

Desde sua condenação, em 24 de agosto, ele não tem acesso ao computador que havia sido fornecido - sem acesso à internet - durante sua detenção provisória e as cartas que recebe e envia são censuradas quando abordam um assunto político, segundo o advogado Tord Jordet. "Sua liberdade de expressão é violada", declarou Jordet à AFP. "Ser privado de sua liberdade de expressão é contrário à Constituição e aos direitos humanos", disse.

Mantido isolado de outros presos desde sua prisão, Breivik também lamentou o sistema de segurança máxima que lhe permite saídas diárias de sua cela, desde que sozinho, e que, de acordo com ele, priva-o das atividades recreativas e sociais. "Esse tipo de tratamento na prisão não é humano", considerou o advogado. O ministério da Justiça não quis comentar.

Condenado a 21 anos de prisão, pena máxima que pode ser prolongada, Breivik deverá cumprir grande parte de sua detenção no centro penitenciário de Ila, perto de Oslo. Além de sua cela individual, ele dispõe de outras duas celas, uma para a prática de exercícios físicos e outra para usar o computador, mas seu acesso é controlado pela direção do presídio.

Segundo a rádio NRK, Breivik também pediu nesta quinta-feira que as armas semi-automáticas utilizadas nos assassinatos de dezenas de adolescentes sejam doadas ao museu norueguês da Resistência, assim como uma de suas medalhas e um uniforme. A polícia e o museu rejeitaram o pedido, indicou a rádio.

Breivik matou 77 pessoas ao explodir uma bomba perto da sede do governo e atirar em jovens reunidos no acampamento da juventude social-democrata na ilha de Utoya.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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