Britânico e francês teriam matado reféns do Estado Islâmico
Britânico em questão seria Nasser Muthana, um estudante de medicina originário de Cardiff
Um britânico de 20 anos pode ser um dos jihadistas presentes no vídeo do grupo Estado Islâmico (EI) que mostra a execução do refém americano Peter Kassig e de outros 18 homens apresentados como soldados sírios, afirmou o pai do rapaz ao jornal Daily Mail.
"Não tenho certeza, mas parece ser meu filho", declarou Ahmed Muthana, 57 anos.
O britânico em questão seria Nasser Muthana, um estudante de medicina originário de Cardiff (Grã-Bretanha). O jornal britânico publicou fotos capturadas do vídeo mostrando seu rosto.
"Ele deve agora viver com medo de Deus por ter matado", afirmou o pai. Indagado pelo jornal se estaria disposto a perdoar o filho pelo que fez, ele foi taxativo: "Não. Ou ele está louco ou há algo de errado".
O Daily Mail também cita Charlie Winter, um especialista do centro de pesquisas Quilliam, que confirma que o rapaz do vídeo se parece com Nasser Muthana.
Muthana teria ido para a Síria, onde se encontrou com seu irmão mais novo, Aseel, de 17 anos, segundo a BBC.
"Estou pronto para morrer", teria dito Aseel em uma entrevista online com a rádio inglesa. Ele acrescentou que não se importava com o que a família e os amigos pensavam dele.
Também nesta segunda-feira, o ministro francês do Interior Bernard Cazeneuve declarou que há uma forte probabilidade de que um cidadão francês tenha participado diretamente na decapitação dos prisioneiros sírios.
"Pode tratar-se de Maxime Hauchard, nascido em 1992, no noroeste da França, e que partiu para a Síria em agosto de 2013 depois de uma estada na Mauritânia, em 2012", indicou o ministro, baseando-se numa análise do vídeo.
A gravação foi divulgada no domingo. O EI reivindica a execução de Peter Kassig, sequestrado em 2013 na Síria, e de 18 soldados do exército nacional sírio.