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Seis países árabes rompem relação com o Catar por terrorismo

5 jun 2017 - 05h41
(atualizado às 07h48)
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Foto de aquivo de 2011 mostra construções imponentes da cidade de Doha, no Catar
Foto de aquivo de 2011 mostra construções imponentes da cidade de Doha, no Catar
Foto: Getty Images

O Catar assegurou nesta segunda-feira que a decisão tomada pelos países árabes de romper relações se fundamenta em "calúnias", depois que Arábia Saudita, Egito, Bahrein e Emirados Árabes Unidos (EAU) cortaram seus laços diplomáticos por acusar o país de apoiar o terrorismo.

Em comunicado, o Ministério de Assuntos Exteriores catarianos afirmou que "esta medida não se justifica e se fundamenta em calúnias, que não se sustenta sobre nenhuma evidência".

Os países árabes culparam o emirado do Golfo de "minar a estabilidade" e de não cumprir com os acordos entre os membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), composto por EAU, Kuwait, Catar, Omã, Bahrein e Arábia Saudita.

No entanto, o Catar assegurou que é "um membro ativo" do CCG, e que está "comprometido com os seus acordos, respeita a soberania de outros países e não intervém em assuntos internos".

Riad tomou esta decisão, segundo a agência oficial "SPA", devido às violações "graves das autoridades de Doha, em privado e em público, nos últimos anos com o fim de romper a unidade interna saudita".

Bem como por "incitar o abandono do estado, pôr em perigo a sua soberania e a adoção de organizações terroristas (...), entre elas Irmãos Muçulmanos, Estado Islâmico e Al Qaeda".

O ultraconservador reino acusou também Doha de apoiar o Irã no seu apoio aos grupos "terroristas" na província de maioria xiita saudita de Qatif, bem como no Bahrein, além de apoiar os rebeldes houtis do Iêmen.

O Catar disse no texto divulgado pelo seu departamento de Exteriores que "cumpre com o seu dever na luta contra o terrorismo e o extremismo".

Apesar de tudo, o Catar garantiu aos cidadãos e residentes no país que a vida diária não será afetada pela decisão destes Estados, "para fazer fracassar toda tentativa que possa afetar a sociedade e a economia catarianas".

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EFE   
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