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Oriente Médio

Chefe de investigação da ONU sobre conflito em Gaza renuncia

2 fev 2015 - 21h20
(atualizado às 23h06)
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<p>O Tribunal Penal Internacional em Haia também investiga as atrocidades cometidas em território palestino.</p>
O Tribunal Penal Internacional em Haia também investiga as atrocidades cometidas em território palestino.
Foto: Mohammed Salem / Reuters

O chefe de um inquérito da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito do ano passado entre Israel e Gaza disse nesta segunda-feira que vai renunciar depois de alegações israelenses de que ele foi tendencioso num trabalho de consultoria feito para a Organização para a Libertação da Palestina.

O acadêmico canadense William Schabas foi nomeado em agosto passado, pelo chefe do Conselho de Direitos Humanos da ONU, para liderar um grupo de três membros que investiga os supostos crimes de guerra durante a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza.

Em uma carta à comissão, cuja cópia a Reuters teve acesso, Schabas disse que irá renunciar imediatamente para evitar que o problema acabe ofuscando a preparação do relatório e as suas conclusões, que devem ser publicadas em março.

A saída de Schabas destaca a sensibilidade da investigação da ONU apenas semanas depois que os promotores do Tribunal Penal Internacional em Haia disseram ter iniciado uma investigação preliminar sobre as alegadas atrocidades nos territórios palestinos.

Na carta, Schabas disse que um parecer jurídico que ele escreveu para a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em 2012, pelo qual recebeu 1.300 dólares, não era diferente do conselho que ele tinha dado a muitos outros governos e organizações.

"As minhas posições sobre Israel e Palestina, bem como sobre muitas outras questões, eram bem conhecidas e públicas", escreveu ele. "Este trabalho em defesa dos direitos humanos parece ter me tornado um grande alvo para ataques maliciosos".

Israel já havia criticado muito a nomeação de Schabas, citando o seu histórico como forte crítico do Estado judeu e sua atual liderança política.

Schabas afirmou que seu trabalho para a OLP fez com que o corpo executivo do Conselho de Direitos Humanos procurasse aconselhamento jurídico da sede da ONU, nesta segunda-feira, sobre seu cargo.

"Eu acredito que é difícil que o trabalho continue enquanto um processo está em andamento para determinar se o presidente da comissão deve ser removido", escreveu ele.

A comissão já terminou em grande parte a coleta de provas e começou a escrever o relatório, acrescentou.

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