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Oriente Médio

Choques entre rebeldes na Síria deixam quase 1.400 mortos em 20 dias

23 jan 2014 - 10h48
(atualizado às 10h52)
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Alppo é uma das cidades palco da violência
Alppo é uma das cidades palco da violência
Foto: AP

Pelo menos 1.395 pessoas morreram nas últimas três semanas no norte da Síria nos choques entre o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, vinculado à Al-Qaeda, e combatentes de outras brigadas opositoras, sobretudo islamitas, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A ONG explicou que realizou uma apuração dos mortos desde 3 de janeiro até a última meia-noite nos enfrentamentos nas províncias de Aleppo, Idlib, Al Raqa, Hama, Homs e Deir al Zur.

O maior número de vítimas fatais foi registrado nos grupos rivais do Estado Islâmico, que perderam 760 de seus combatentes. A maioria em combates e atentados com carros-bomba realizados pelos jihadistas, embora pelo menos 113 foram executados por milicianos leais à Al-Qaeda.

Nas fileiras do Estado Islâmico, houve pelo menos 426 mortos, dos quais 56 foram justiçados por seus inimigos na província de Idlib.

Além disso, pelo menos 190 civis morreram pelo fogo cruzado nos choques e pelos atentados, embora 21 foram executados pelo Estado Islâmico em seu quartel-general em Aleppo, já recuperado pelos rebeldes.

A estas vítimas se somam 19 pessoas não identificadas, cujos corpos foram encontrados em uma base dos jihadistas em Aleppo.

Os combates continuaram hoje no terreno e o Estado Islâmico assumiu o controle da cidade de Manbech, no norte da província de Aleppo, após intensos combates com seus adversários.

O líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, pediu hoje às facções que lutam na Síria entre elas que deixem de se enfrentar.

Em um áudio divulgado nas últimas horas em fóruns utilizados habitualmente pelos jihadistas, Zawahiri pediu para "pararem imediatamente a luta entre os irmãos do islã que enfrentam o regime do alauita e assassino (Bashar) Al-Assad".

Em 3 de janeiro, uma aliança formada pela Frente Islâmica, principal aliança opositora islamita, o Exército Livre Sírio e o Exército dos Mujahedins lançou uma ofensiva contra o Estado Islâmico para expulsá-lo do país, porque consideram que este grupo cometeu violações contra o povo, como assassinatos e estupros.

Luta também contra o Estado Islâmico junto aos insurgentes a Frente al Nusra, também vinculado à Al-Qaeda e designado por Al-Zawahiri como a filial da organização terrorista na Síria.

Além disso, Zawahiri delimitou a atividade do Estado Islâmico única e exclusivamente ao Iraque.

Guerra civil em fotos Conteúdo exclusivo
AFP AFP

O Terra compilou alguns dos principais materiais fotográficos disponibilizados ao longo destes mais de dois anos de guerra na Síria. Cada imagem leva a uma galeria que conta um episódio específico ou remete a uma situação importante do conflito.

Acompanhe a cobertura exclusiva do Terra através dos jornalistas Tariq Saleh e Mauricio Morales. Sediado no Líbano, Saleh conversou com sírios, visitou refugiados e ouviu analistas. Enviado especial, Morales passou dias com rebeldes.

EFE   
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