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Cinco mulheres yazidis escapam de detenção do EI no Iraque

Mulheres caminharam por suas noites em um percurso perigoso até chegar à montanha Sinjar

15 out 2014 - 14h41
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Cinco mulheres da minoria religiosa curda yazidi conseguiram escapar de um centro de detenção do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na província de Ninawa, no norte do Iraque, informaram fontes curdas à Agência EFE nesta quarta-feira.

Um representante das Forças de Proteção (curdas) da zona de Sinjar, Dawoud Yendi Kalua, explicou que a fuga das prisioneiras ocorreu cerca de 40 quilômetros ao sudeste desse centro, na zona de Ain al Hesan, localizada entre Sinjar e a cidade de Tal Afar.

As cinco mulheres chegaram à montanha de Sinjar após caminharem por duas noites através de complicado percurso. Kalua destacou que as mulheres estão bem de saúde, mas traumatizadas pelo longo período de cativeiro.

Kalua revelou também que as cinco yazidis foram transportadas em um helicóptero militar iraquiano e entregues a suas famílias, que estão refugiadas na cidade curda iraquiana de Zaju.

Depois que os jihadistas ocuparam a cidade de Sinjar e seus arredores no dia 3 de agosto, centenas de mulheres yazidis foram sequestradas pelo EI, que ainda mantém a maioria como prisioneiras, enquanto outras têm o paradeiro desconhecido.

No último volume de sua revista em inglês na internet "Dabiq", que foi publicada na segunda-feira, o Estado Islâmico admitiu que escravizou crianças e mulheres yazidis no Iraque, muitas das quais tiveram que se converter ao Islã. Além disso, os extremistas assumiram que venderam mulheres e as obrigaram a se casar.

Mais de 500 mil yazidis e membros de outras religiões minoritárias fugiram do norte do Iraque desde junho e outras centenas foram assassinadas, segundo dados da ONU.

A origem dos yazidis, de etnia curda e cuja religião se baseia no zoroastrismo, remete há vários séculos. Sua crença no Ángel Caído como representante de Deus fez com que sejam conhecidos como "adoradores do diabo" por outras religiões.

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EFE   
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