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Confronto entre milícia de Kadafi e grupo tribal deixa 16 mortos na Líbia

20 nov 2016 - 09h31
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Confrontos entre duas importantes tribos, da cidade de Sebha, no sul da Líbia, deixaram pelo menos 16 mortos e 45 feridos nos últimos dias.

Fontes de segurança disseram à Agência Efe que milicianos das tribos Alwad Suleiman e Al Qadafi, à qual pertencia o ditador Muammar Kadafi, derrubado do porder em 2011, se enfrentam desde a quinta-feira com artilharia pesada em dois bairros da cidade.

"A maior parte dos feridos, entre eles várias mulheres e crianças, tiveram que ser transferidos a hospitais de Trípoli e Misrata. Nos combates foram utilizados todo tipo de artilharia pesada. Desde tanques, baterias antiaéreas e canhões de grande calibre", disseram as fontes consultadas pela Efe.

Não se sabe até o momento o motivo para o início do confronto, mas as duas tribos mantêm uma longa disputa que remonta aos tempos da ditadura de Kadafi e resultou em conflitos.

Os partidários de Kadafi já mostraram força em Sebha em 2015, quando Seif al Isla, filho mais poderoso do ex-ditador, foi condenado a morte por traição e homicídios, mas a pena não foi cumprida.

Várias fontes afirmam que Seif vive no noroeste da Líbia em um regime semi-aberto. Além disso, ele está incitando antigos partidários de seu pai que estão descontentes com a situação de caos, anarquia e guerra civil vivida pela Líbia.

Uma delegação de notáveis de Sebha e de localidades vizinhas se reuniu para mediar o confronto e obter um cessar-fogo. Os enfrentamentos pararam com o diálogo, e a trégua está sendo aproveitada por várias famílias, que deixaram suas casas.

A Líbia é um estado fracassado, vítima do caos e da guerra civil desde 2011, quando a comunidade internacional apoiou o levante rebelde em Benghazi e contribuiu militarmente para a queda de Kadafi.

Cinco anos depois, dois governos, um em Trípoli e outro em Tobruk, lutam para assumir o poder e o controle dos recursos petroleiros do país com a ajuda de dezenas de milícias.

Grupos jihadistas como a filial do Estado Islâmico no país, o Boko Haram e a Al Qaeda no Magrebe Islâmico aproveitaram a situação para se expandir e crescer em influência no país.

EFE   
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