Coronel da Guarda Revolucionária iraniana morre durante confronto na Síria
O coronel Mostafa Ezatola, membro da Guarda Revolucionária iraniana, morreu na cidade síria de Aleppo enquanto combatia contra o grupo Estado Islâmico (EI), o quarto militar iraniano de alto categoria que morre no conflito sírio em menos de um mês.
Segundo informou nesta terça-feira a agência iraniana "Fars", próxima a este corpo militar encarregado da ação militar exterior da República Islâmica, Ezatola morreu nessa cidade do norte da Síria enquanto cumpria com seu trabalho como "assessor" do governo de Damasco em sua luta contra seus inimigos na guerra civil que assola o país desde 2011.
Desde o começo de outubro, o Irã reconheceu a morte de um general da Guarda Revolucionária e outros dois coronéis do corpo no conflitos sírio, todos mortos pelas mãos do EI no entorno da cidade de Aleppo.
Além disso, também reconheceu a morte de outro oficial do corpo, Abdullah Niyaraki, que foi guarda-costas do ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
Porta-vozes do corpo militar informaram à imprensa iraniana nesta semana que este aumento no número de baixas de altos oficiais se deve ao fato do Irã só ter enviado à Síria "conselheiros" militares que trabalham na primeira linha de fogo ajudando seus colegas sírios.
No último dia 26 de outubro, o Irã anunciou que aumentaria o número destes assessores a pedido do governo de Damasco, uma decisão que foi tomada devido "aos recentes desenvolvimentos em diferentes lugares da Síria", assim como "nas vitórias dos grupos de resistência perante os terroristas".
Desde o início da guerra civil na Síria em 2011, o Irã participou ativamente para defender o governo de Bashar al-Assad e se transformou em seu principal aliado na região.
Apesar de Teerã reconhecer abertamente ter enviado "assessores" ao país, também negou categoricamente que tenha tropas no terreno.
Do mesmo modo, os Guardiães da Revolução se encontram no Iraque como assessores das milícias e do Exército iraquiano que combate aos terroristas do Estado Islâmico.
A defesa dos lugares sagrados do xiismo na Síria, como a mesquita de Sayida Zeinab, neta do profeta Maomé, em Damasco, é o principal pretexto que argumentam Irã, o grupo xiita libanês Hezbollah e algumas milícias iraquianas do mesmo credo para enviar combatentes ao território sírio.
Mais de 240 mil pessoas perderam a vida na Síria desde o começo da disputa, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.