Cuba condenou neste domingo, por meio de uma declaração de sua chancelaria, a decisão do presidente americano, Barack Obama, de atacar a Síria e pediu ao Congresso dos Estados Unidos que repudie estas "tentativas de agressão", assim como fez o Parlamento britânico.
Cuba "tomou conhecimento com profunda preocupação" da decisão de Obama "de lançar ações militares contra a Síria", violando o "Direito Internacional e a Carta das Nações Unidas", destacou o Ministério de Relações Exteriores de Havana em sua declaração.
A chancelaria cubana destacou que estas ações "provocarão mais morte e destruição e levarão, inevitavelmente, à intensificação do conflito que esta nação árabe atravessa".
O presidente americano anunciou no sábado a decisão de pedir o aval do Congresso, em recesso até 9 de setembro, antes de lançar um eventual ataque contra a Síria, país ao qual acusa de ter recorrido a armas químicas.
"Surge a pergunta de o que o Congresso dos Estados Unidos fará quando retomar suas sessões, no próximo 9 de setembro, e tenha que decidir entre o início de uma nova guerra e a preservação da paz mundial, entre a vida e a morte", acrescentou a chancelaria cubana.
"Sim, assim como o Parlamento britânico, rejeitasse as tentativas de agressão anunciadas pelo presidente, terá feito uma contribuição valiosa e surpreendente para a paz mundial" mas, destacou, "se o aprovar, terá que assumir as consequências diante dos implacáveis registros da História".
Na quinta-feira, o Parlamento britânico rejeitou esta quinta-feira uma proposta do governo de David Cameron que abria as portas a uma resposta militar contra o regime sírio.
A chancelaria cubana pediu aos membros do Conselho de Segurança da ONU e sua Assembleia-geral para deter "uma intervenção militar que ameaça a segurança internacional" e ao seu secretário-geral, Ban Ki-moon, a "se envolver diretamente em impedir os atos que o presidente dos Estados Unidos deu como fatos quase inevitáveis".
Cuba fez um apelo similar aos membros do G20, que se reunirão nas próximas quinta e sexta-feira em São Petersburgo, na Rússia, aos "formadores de opinião dos Estados Unidos" e "a todos aqueles que rejeitam a guerra".
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam
Foto: Reuters
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