Curdistão enviará 200 homens com armas pesadas a Kobani
O grupo terrorista Estado Islâmico tenta tomar o controle da cidade curdo-síria desde setembro
O governo do Curdistão iraquiano mandará 200 membros de suas forças armadas, conhecidos como peshmergas, a Kobani, cidade curdo-síria assediada há mais de um mês pelo grupo Estado Islâmico (EI).
O grupo será equipado com armamento pesado e entrará no local através da Turquia, explicou nesta quarta-feira o deputado curdo-iraquiano Aydin Marouf, membro da Frente Turcomana do Iraque, que participou da sessão fechada do parlamento do Curdistão em Erbil, onde foi tomada a decisão do envio.
É a primeira vez desde 1960 que tropas iraquianas farão uma missão fora do país. Segundo Marouf, o envio ocorre "por pedido do (presidente do Curdistão iraquiano Massoud) Barzani e com apoio da Turquia".
As tropas entrarão na Turquia pela fronteira comum entre as duas regiões e viajarão pelas províncias turcas no sul até chegar a Suruç, a cidade localizada à frente de Kobani.
Marouf destacou que os curdos da Síria têm pedido, principalmente, mais armas pesadas.
A única via de acesso a Kobani, rodeada há mais de um mês pelos radicais, é a fronteira turca, onde o governo local impôs uma série de barreiras que só permitem a passagem de ambulâncias e, ocasionalmente, a entrada de ajuda humanitária ou refugiados da cidade que desejam voltar.
Na última terça-feira, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, confirmou oficialmente a permissão dada aos peshmergas, mas acrescentou que o envio das tropas não tinha se concretizado porque as negociações ainda estavam em andamento.