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Desafiando Turquia, Alemanha irá chamar massacre de armênios de 1915 de genocídio

20 abr 2015 - 16h32
(atualizado às 16h32)
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O governo alemão recuou nesta segunda-feira de sua firme recusa de usar o termo "genocídio" para descrever o massacre de 1,5 milhão de armênios pelas forças turco-otomanas 100 anos atrás depois da pressão de membros do Parlamento.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, aguarda a visita do premiê da Índia em Berlim, na semana passada. 14/04/2015
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, aguarda a visita do premiê da Índia em Berlim, na semana passada. 14/04/2015
Foto: Axel Schmidt / Reuters

Numa importante reversão no maior parceiro de negociações da Turquia da União Europeia e país com grande população turca, a Alemanha se junta a outras nações e instituições, incluindo França, o Parlamento Europeu e o papa Francisco, que usam o termo "genocídio", condenado pelo presidente turco, Tayyip Erdogan.

O porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel, Steffen Seibert, disse que o governo iria apoiar a decisão no Parlamento na sexta-feira, declarando o ato como um exemplo de genocídio.

A Alemanha resistiu por muito tempo ao uso do termo, embora a França e outras nações usassem. Mas a aliança governamental de Merkel sofreu pressão de parlamentares que planejavam usar a palavra em uma resolução.

"O governo apoia o projeto de resolução... no qual o destino de armênios durante a Primeira Guerra Mundial serve como um exemplo na história dos assassinatos em massa, limpezas étnicas, expulsões e, sim, genocídios durante o século 20", disse Seibert.

A Turquia nega que os assassinatos, ocorridos numa época quando as tropas otomanas lutavam contra forças russas, tenha constituído genocídio. O país afirma que não houve uma campanha organizada para exterminar armênios e não há nenhuma evidência de tais ordens de autoridades otomanas.

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