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Disparos impedem que ONU inspecione escola atacada em Gaza

As Forças Armadas de Israel teriam sido notificadas antecipadamente sobre a composição da equipe, a hora e o propósito da inspeção

25 jul 2014 - 15h37
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<p>P&aacute;tio da escola da ONU em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, atacada pela ofensiva israelense, em&nbsp;24 de julho</p>
Pátio da escola da ONU em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, atacada pela ofensiva israelense, em 24 de julho
Foto: Adel Hana / Reuters

Um novo ataque impediu nesta sexta-feira a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) de inspecionar a escola bombardeada, aparentemente por Israel, na quinta-feira e na qual morreram 17 pessoas, incluindos três funcionários.

Segundo Chris Gunness, porta-voz da UNRWA na região, a ONU tinha informado previamente ao Exército israelense sobre a missão, a hora, o número e a identidade das pessoas que a realizariam, entre as quais se encontrava um especialista internacional em armamento

"O objetivo da visita ao local era examinar a cena após o incidente. As Forças Armadas de Israel foram notificadas antecipadamente sobre a composição da equipe, a hora e o propósito", explicou.

"A missão teve que ser abortada aos poucos e a equipe se viu obrigada a retornar depois que os enfrentamentos cessarem ao redor do local. A UNRWA lamenta não ter podido cumprir com esta primeira obrigação", acrescentou.

Gunness disse, além disso, que a UNRWA voltará a tentar "quando houver condições" e pediu, de novo, que seja aberta uma investigação.

O Exército israelense anunciou igualmente uma investigação, depois que testemunhas e indícios no terreno atribuíram a ele a responsabilidade do ataque.

O ataque aconteceu apenas dois dias depois que a artilharia israelense disparou contra outra escola da ONU -evacuada horas antes- e um dia depois que a Comissão de Direitos Humanos do organismo anunciou uma investigação a Israel por supostos crimes de guerra em Gaza.

Foto: Arte Terra

EFE   
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